Resenha #29: Eu sou um gênio de maldade inenarrável e quero ser seu presidente de turma - Josh Lieb

, em terça-feira, 24 de janeiro de 2012 ,
Editora: Galera Record
Páginas: 328
Ano: 2011

Sinopse (Skoob):
Oliver parece ser um garoto bem normal Mora em Omaha, Nebraska. Gosta de queijo quente - feito pela sua mãe - e seu melhor amigo é, na verdade, uma amiga, mais precisamente uma pit bull, chamada Lollipop. Ah, é claro... Ele é um gênio do mal e está a caminho da dominação mundial. E ninguém pode impedi-lo de conseguir o que quer. Nem Jordie, o bully da turma. Nem seu professor de inglês. Sr. Moorhead, que apesar de tudo não consegue disfarçar que está careca. Nem mesmo o arquiinimigo de Oliver: seu "Papai". (Ele odeia quando Oliver o chama assim). Não importa quantos ditadores Oliver precisará derrubar. Nem quantos presidentes ele terá que chantagear. Ou quantas vovós viciadas em bingo deverá subornar. O que Oliver quer, Oliver consegue. Pelo menos, até agora sempre foi assim. Porque, dessa vez, Oliver está concorrendo para ser o presidente da sua turma. E está prestes a descobrir que dominar o mundo e, na verdade, muito mais fácil que convencer outras crianças e votar em você. Mesmo quando você é um gênio de maldade inenarrável. 


Tudo acontece porque um garotinho que ele não me escute de 12 anos não quer que o pai tenha orgulho dele.

“Sou o maior gênio do universo. Sou o maior gênio da história do universo. Para completar, sou constantemente, incondicionalmente, inenarravelmente mau, isso faz de mim a maior força maligna já criada.”
Pág. 11.

O livro conta a história de Oliver, ou Ollie para os íntimos. Quer dizer, Oliver conta sua vida aos leitores. Ele tem 12 anos e é um gênio que finge ser burro para que os outros não saibam de sua genialidade e possam ser manipulados por ele.
Oliver nos apresenta sua escola, sua casa e sua base secreta de operações.
Na escola começamos por conhecer Moorhead, o “descolado” professor de literatura, que fala de livros que Ollie afirma ter lido com 2 (Fahrenheit 451) e 5 anos.
Então há os colegas de classe, que Oliver considera inferiores. Até porque, para ele, crianças são vermes e só sabem rir/gritar/chorar alto demais e sem razão alguma. Somos apresentados a: Pammy Quattlebaum – espertinha puxa-saco; Jordie Moscowitz; Tatiana Lopez – a garota mais cruel da escola; Randy Sparks – o garoto mais ridículo da escola; Liz Twombley – a garota mais popular da escola e alguns outros colegas que ou são inúteis para Ollie, ou podem ser aproveitados em seus planos.
Quanto à família de Oliver, ele adora a mãe que sempre o acarinha e faz sanduíches de queijo quente. Quanto ao pai, há um sério problema de relacionamento, pois o senhor nunca disse a ele que era um bom filho e nem que se orgulhava dele. O verdadeiro xodó de Ollie é Lollipop, uma pit bull vira-lata que ele só não gosta mais do que a mãe, porque a cachorra não faz queijo quente.
E ainda temos a base secreta, onde Oliver comanda todos os seus negócios. Ele tem um empregado, Lionel Sheldrake, que serve de testa de ferro e age como o magnata da cidade. Segundo Ollie, ele faz investimentos no mercado de ações desde os 7 anos e tem terras em todos os EUA e alguns outros países, times de beisebol, três jornais... Não vou contar tuuudo que ele tem, né?!
Ah! Esse império começou a ser construído com uma ida ao bingo com a avó e vinte dólares roubados da bolsa da mãe. E para proteger Oliver dos demais, a empresa – sem identificar a ele quem são – contrata vários seguranças que ele apelida de Pistola, Bardolfo e Nym. O resto é história (como ele mesmo diz).

O livro conta com imagens e notas de rodapé que ajudam a entender como Oliver vê o mundo e a captar suas ironias, respectivamente.
É, de um modo geral, uma comédia e eu devorei rapidamente – em pouco mais de um dia – pois a diagramação dos parágrafos é bem espaçada e você lê páginas e mais páginas sem sentir que passaram tantas.
Josh Lieb aborda, de uma maneira muito interessante, o mundo visto pelos olhos de um garoto de 12 anos que é desprezado por vários colegas por ser gordinho e – aparentemente – bobo. E mostra, de forma simples, como eleições estudantis podem mudar as relações entre as crianças.

Nota: 5/5.

Camila Araújo
P.S.: Ganhei esse livro na Gincana das Crianças do blog Viagem Literária, da Nanda Assis.

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