Julgando Pela Capa
Recebi esse meme da Kellen, do Tudo o que me interessa. E a Lu, do TOC Livros, também já respondeu o meme.
Cite 1 livro que você leu só por causa da capa:
Citar um único que eu li unicamente por causa da capa é meio tenso, então aqui vão alguns que a capa influenciou muito na escolha para compra.
Sabriel – a capa é uma arte com detalhes que só são vistos ao vivo. Eu comprei também por causa do autor, que eu adoro!
Rangers – a história da entrada dessa série na minha vida é legal: eu estava matando tempo na livraria e olhando as estantes obviamente quando vi essa capa que achei incrível. Uniu-se à capa, o título, e a diagramação do livro com folhas decoradas me conquistou de vez.
Sou um gênio de maldade inenarrável e quero ser seu presidente de turma – foi mais o título do que a capa, mas como o dito ocupa metade da matéria em questão, ele é basicamente a capa do livro. ^^
Muito mais que uma princesa – o detalhe das costas do vestido compondo a capa tão simplesmente me deixou curiosa e o título ajudou.
O livro perdido das bruxas de Salem – essa capa com efeito visual de livro encadernado em couro atiçou minha curiosidade sobremaneira e o título deu o empurrãozinho que faltava.
Se considerar capa e sinopse, acho que metade da minha estante foi composta por livros comprados por esses itens.
Que tipo de livro você não lê por causa da capa?
Capa não me faz deixar de ler livros. Posso deixar o livro passar, por causa da capa, mas se gostar da sinopse, geralmente embarco na aventura.
Que livro você relutou em ler por causa da capa, mas gostou?
Beijada por um anjo – a capa não me chamava muita atenção, mas li o primeiro volume e gostei. Os demais estão na estante esperando seu momento de brilhar.
Que livro te decepcionou, mas você gosta da capa?
Um mundo brilhante – vejam meus comentários aqui.
Quais suas 5 capas de livros preferidas?
Ladrões de Elite:
Trilogia do Graal/As Crônicas de Artur – Bernard Cornwell:
Rangers - Ordem dos Arqueiros:
A Mediadora:
O livro perdido das bruxas de Salem:
Tem muito mais capas que amo na minha estante! Como vocês notaram, coloquei séries completas contando como uma capa para poder botar mais capas. ^^’ E vejam que não toquei na Nora Roberts dessa vez. =P
Indique 5 pessoas para receber o Meme:
Como não sei quem já foi indicado ou não, qualquer um que quiser, fique a vontade para responder.
Camila Araújo
Resultado do Sorteio Um Mundo Brilhante
A coisa está melhorando... Dessa vez foram 12 participações, obrigada a todos que participaram! ^^
E vamos ao sorteio!
A ganhadora seguiu todas as regras. E a sortuda da vez foi...
Larissa Salles Teixeira
Parabéns, Larissa! Você tem 3 dias para responder ao e-mail que mandei enviando seus dados.
Resenha #45: Como treinar o seu viking - Cressida Cowell
Páginas: 88
Ano: 2011
Sinopse (Skoob):
Banguela era um Dragão Comum sem nada de especial que pertencia ao verdadeiramente extraordinário viking Soluço Spantosicus Strondus III. Mas nem sempre foi assim… Houve um tempo em que Soluço achava difícil ser um herói, e Banguela achava ainda mais difícil ser o dragão de um herói. Afinal, ser desobediente e atrevido não é tão fácil quanto parece… Em Como treinar o seu viking, Banguela conta uma história da época em que Soluço era apenas um menino — e parecia bastante improvável que, no fim das contas, ele se tornasse o grande Chefe dos Hooligans Cabeludos. Narrado pelo dragão, esse volume complementa a série de memórias de Soluço, cujos personagens encantam crianças de todas as idades."
Acho que vocês já perceberam – pelas resenhas anteriores aqui, aqui, aqui e aqui – que eu adoro essa série. E se eu já gosto dos livros contados pelo ponto de vista do Soluço, como não me apaixonar pela historinha narrada pelo Banguela?!! Impossível!
Ele é um dragão pequenininho, escolhido por um garoto que não tem jeito de herói, mas é ou será o grande herói do mundo viking, e apronta todas e mais algumas. Esse é Banguela, o desobediente dragão de caça de Soluço Spantosicus Strondus III.
Nada melhor do que o episódio contado pelo dragãozinho nesse livro para provar a teimosia dele.
Haverá uma competição de caça e Soluço proíbe Banguela de se empanturrar – porque o danadinho não só come, ele falta estourar a cada refeição – de qualquer coisa, para poder caçar, mas Banguela, depois de enrolado por Lagarta de Fogo (a dragoa de Malvado Melequento), faz um lanchinho durante a tarde.
O pobre dragão fica muito pesado para voar e mergulhar no mar atrás de peixes e Vaca Aterrorizante – a dragoa de Perna-de-Peixe – é vegetariana (imaginem só!).
Porém, acontece uma reviravolta... Que eu não posso contar ou vocês saberão de toda a história. ^^
O oitavo volume da série Como Treinar o Seu Dragão é muito curto, realmente minúsculo (acho que li em uma horinha – porque ficava achando graça das ilustrações), então não tenho muito o que falar.
Nota: 5/5 – favorito!
Camila Araújo
Estante de Séries - s02e02 - How I Met Your Mother
Friends pode ficar marcada para sempre como a melhor série de comédia de todos os tempos para muitos, mas, sem dúvidas, How I Met Your Mother deve ficar conhecida como a mais bem estruturada.
Sei que muita gente pode chiar com a comparação, ainda mais vinda de alguém que não assistiu a todos os episódios de Friends, mas creio que a série de Rachel e Ross não foi feita com o grau de riqueza de detalhes que a longa e interminável narrativa de Ted Mosby sobre como conheceu a mãe de seus filhos.
Claramente bebendo da fonte de sua antecessora, a série narra o dia a dia de um grupo de amigos em Nova York, até que eventualmente descubramos como Ted Mosby conheceu sua esposa. A primeira namorada de Ted a ser apresentada (sendo que só vira namorada na Segunda Temporada) é Robin Scherbatsky, uma jornalista de origem canadense que passa a ser parte do grupo. Além dela, temos o casal de longa data Marshall Eriksen e Lilly Aldrin, que foram à mesma faculdade de Ted e são amigos de longa data. Por fim, caído meio que de pára-quedas, temos Barney Stinson o personagem mais Legen - wait for it - dary da série, um bon vivant que vive para pegar mulher e jogar laser tag.
Ter um elenco afiado e personagens carismáticos é obrigação de toda série, algo muito bem executado por HIMYM. O grande diferencial da série é a forma como seu roteiro é estruturado. Como a história é contada por um narrador em forma de flashbacks, o que vemos é a parcialidade do roteiro, que mostra o mundo de Ted e como as outras pessoas se encaixam nele. Além disso, a menção a certas situações em um episódio pode ser retomada tanto na semana seguinte como anos depois, como a Slap Bet (uma aposta que permite Marshall a dar 5 tapas em Barney a qualquer tempo e que até hoje não chegou ao fim) ou o caso da Slut Pumpkin (uma paixão de Halloween que Ted teve, que foi apresentada na Primeira Temporada e só foi revelada na atual Sétima Temporada).
Essa possibilidade de se abrir e retomar storylines e o fato de ela ser tão bem utilizada é o que torna a série tão boa e dá a impressão de constante releitura, com temas sendo reinseridos periodicamente. Além disso, isto possibilita reviver momentos marcantes para os fãs, pois muitos deles assistem o episódio e podem ser surpreendidos com aquele tapa que Marshall poderia dar em Barney de uma hora para outra.
Outro fato curioso é que, por ser uma história contada de pai pra filho, Ted acaba por narrar certos momentos de modo 'politicamente correto', sempre dizendo que 'comia um sanduíche' com Marshall e Lilly quando fumavam um baseado. Fora isso, ainda há os momentos em que a memória (a melhor que eu já vi, diga-se de passagem) falha e Ted esquece como aconteceu algo ou o nome de alguém.
E pra finalizar, não há como não falar em Barney. Ele é, de longe o personagem mais carismático da série, aquele que caiu no gosto do público e roubou a cena. Suas citações e seus 'bordões' grudam, afinal, quem nunca ouviu um 'Legendary' ou um 'Wait for it!' por aí? Ou mais recentemente um 'True Story'?. As suas histórias mirabolantes sempre geraram ótimos momentos, como suas demonstrações de seu livro de cantadas, sua defesa do 'Bro Code' ('O livro dos manos', ou algo assim) e muitos outros momentos.
Muitos desses momentos mostram outro cuidado da produção, que, sempre que um site esdrúxulo é citado por um dos personagens, o mesmo é publicado na internet e passa a existir de verdade.
Por esses e outros motivos, How I Met Your Mother já pode ser considerada um marco na TV Americana e, o melhor, com mais uma temporada garantida!
Pedro Neves
Cole Entrevista #3: G. Brasman e G. Norris
Vocês já pensaram em como seria entrevistar seus autores preferidos? E conhecer os autores brasileiros?
Hoje, vocês poderão conhecer um pouco melhor G. Brasman e G.Norris.
G.Brasman (Gustavo Girardi) nasceu em Curitiba em 1976, é casado e pai de duas lindas filhas. Filho de uma professora e de um garçom, costumava comprar gibis usados para poder ler nas férias. Aos 12 anos surgia sua primeira história de ficção. Inspira-se em séries, filmes e literatura fantástica (Tolkien, Isaac Asimov, Irmãos Grimm, etc). Já foi vendedor, analista, consultor, tenente do exército, empresário, colaborador de jornal, palestrante, gerente de uma corporação internacional, escritor e roteirista. Brasman usa toda sua experiência e criatividade como base para suas criações, o que faz de suas histórias uma experiência repleta de reviravoltas e aventuras fora do comum.
G.Norris (Gustavo Tezelli) é casado e mora em Curitiba. Teve seu primeiro conto publicado em 2005. Costuma citar como referencias filmes como Star Wars, Matrix, Senhor dos Anéis e Blade Runner. Gamer fanático, sempre está jogando PS3 ou Xbox360. Na literatura, gosta muito de autores russos, Michael Moorcock, e é um grande admirador de Stephen King. Além disso, curte Calvin & Hobbies, de Bill Wattersoon, HQs como Liga da Justiça e quadrinhos adultos como Sandman (Neil Gaiman) e Watchmen (Alan Moore).
Visitem: http://www.senhoresdecastelo.com.br/
Ou falem com os autores no twitter: @GBrasman e @G_Norris
Conte um pouco sobre você.
Brasman: Em casa sou um bendito entre as mulheres, mas minha esposa e minhas duas filhas preferem dizer que sou "a minoria". Considero-me um dos "maiores autores brasileiros", pois tenho 1,97m de altura. Minha visão da vida é: "Apesar de todas as dificuldades, veja sempre o lado bom da vida e seja feliz".
Norris: Eu costumo dizer que sou um hardcore gamer, mas já me qualificaram (várias vezes) como nerd - deve ser pela coleção de HQs e action figures que tenho em casa rs. Curto muito música, especialmente Dave Matthews Band, Eddie Vedder e algumas bandas antigas como Mettallica, Led Zeppellin e Oasis. Confesso que virei fã da Adele e que ouço muito suas músicas agora. Além disso, sou torcedor do Atlanta Hawks e sempre acompanho a NBA.
Como você entrou no universo dos escritores?
Minha professora do ensino fundamental (na época chamava-se primário) sempre elogiava minhas redações. Meus amigos ficavam ávidos por saber o final das minhas histórias. Um dia, tive a ideia de fazer um livro e falei com o meu "melhor amigo" da época. Ele disse que nunca ninguém leria um livro meu. Foi aí que decidi que, um dia, seria escritor. O tempo passou e minhas dezenas de histórias ficaram apenas nos meus alfarrábios (dá um google na palavra quem não souber o que é). Mas, graças a um café lendário, acabei fazendo uma história em parceria. Com um incentivando o outro, eu e o Norris entramos na batalha para lutar contra os dragões da carreira de escritor. Até o momento, estamos ganhando a guerra (risos).
Por um buraco negro nos confins de uma galáxia muito, muito distante rs. Brincadeira.
Já tinha escrito contos, mas nunca tive a pretensão de ser escritor. Conheci o G.Brasman em um café e acabamos, de brincadeira, escrevendo um livro juntos. Depois esse livro acabou virando uma série rs. As Crônicas dos Senhores de Castelo são feitas por diversão e estou me divertindo muito escrevendo-as. Assim, entramos no mundo da escrita e acabamos por ver que há muitas histórias ainda por contar.
Como é a busca por editoras?
Árdua, frustrante e, para alguns, incessante. Vou dizer uma coisa: não é fácil, mas não é impossível.
É meio a pé ou de carro rs.
Em duas palavras? Árdua e difícil. É preciso muita, mas muita perseverança e paciência. Além da editora ter que acreditar no seu livro, é preciso que ela também seja "compatível" com ele, ou seja, se você escreve ficção, não adianta mandar para uma editora de renome em biografias.
O que te inspira para escrever?
Eu não tenho inspiração para escrever. Sou até meio preguiçoso quanto a isto. O que me motiva e inspira é poder criar algo novo e diferente do zero. Gosto de tudo o que é inusitado, mas ao mesmo tempo, que seja factível. E procuro incorporar isto às minhas histórias.
Eu acho que tudo. Musicas, filmes, histórias contadas em uma roda de amigos, o dia a dia no trabalho, etc. Sempre há boas histórias em qualquer lugar, basta prestar um pouco de atenção rs.
Quais dicas você daria para quem quer escrever profissionalmente?
Antes de mais nada: leia muito. Não adianta ter uma boa ideia na cabeça e não conseguir se expressar. Depois, escreva. Se não escrever, não vai saber se consegue. Por último, ache o seu espaço: seja em um jornal de bairro, seja na revista da escola, seja em blogs, não importa. Ache por onde entrar neste mundo, pois ninguém vai colocar você lá.
Leia muito (o "muito" aqui é em proporções bíblicas) e escreva muito mais (aqui é em proporções apocalípticas). Não se iluda, o seu texto sempre pode melhorar e você vai receber (se tiver sorte, pois a maioria dos amigos vai dizer que está ótimo) muitas criticas sobre ele. O importante é escrever e melhorar, cada vez mais.
Que autor (es) serve (m) de fonte de ideias para você?
Nenhum. Não sou do tipo que "segue" um autor. Eu gosto é de histórias, e não dos autores que as criam. Se a história for boa, para mim está valendo.
Stephen King, Ray Bradbury, Michael Moorecook, Alan Moore, Neil Gaiman, autores russos como Gogol, alguns clássicos como Edgar Allan Poe e Tolkien, não necessariamente nessa ordem rs. Gosto também do trabalho de Hideo Kojima na saga Metal Gear Solid, onde a narrativa é espetacular.
Que tipo de literatura te atrai mais?
Gosto de histórias "fora da casinha". Se é diferente, se foge do normal, já chama minha atenção.
Gosto de terror e ficção fantástica, mas leio quase tudo, menos autoajuda e biografias, por serem menos divertidas que as demais.
Além do lançamento de "Crônicas dos Senhores de Castelo - Efeito Manticore", há novos livros em andamento? O que podemos esperar para o futuro?
Já começamos a trabalhar no livro 3. Além disto, participarei de uma coletânea de contos chamada "Mundos de Fantas" da editora Estronho (previsão para final de 2012). Estou desenvolvendo um outro projeto solo, mas como o tempo disponível é curto, ainda não tenho noção de quanto tempo levará para ficar pronto. Só o que eu posso adiantar é que será... como direi... NERD!
Spoilers, hein? Querendo estragar a surpresa, né? Rs
Olha, temos alguns projetos que visam mostrar mais do Multiverso, dentre eles, um livro de contos que se passa em vários planetas e com novos Senhores de Castelo.
Tem algum livro que você leu e não esquecerá jamais?
Senhor dos Anéis, sem sombra de dúvidas.
Vish, tem vários. Para evitar que os leitores fiquem entediados com uma lista enorme, cito alguns rs. Pilares da Terra (Ken Follet), Uma Cruz na Sibéria (Heinz Konsalink), Neuromancer (William Gibson), Senhor dos Anéis (Tolkien), Tripulação de Esqueletos & Christine (Stephen King).
E que personagem (ns) você considera inesquecível (eis)?
Pode parecer puxar brasa para a minha sardinha, mas o Azio é um dos meus personagens favoritos de todos os livros que eu já li. Mas gosto muito do Spock (ops... não é livro, mas serve né?).
Fermin Romero de Torres - A sombra do vento (Carlos Ruiz Zafon) é um dos que mais lembro. Um personagem completo e de um humor e sagacidade sem igual.
Sherlock Holmes - Sir Conan Doyle - Acho a inteligencia de Sherlock contagiante. O cinismo também.
Miss Marple - Agatha Christie - Uma velhinha que resolve mistérios? Quer coisa mais legal que isso?
Roland Deschain - Série A Torre Negra - Stephen King - Acho uma das personagens mais legais de ficção.
Elric de Melniboné - Elric Saga - Michael Moorcock - Outra grande personagem de ficção que me chama muito a atenção. Sua espada, Stormbringer, também é outra personagem que acho espetacular.
Quer deixar alguma mensagem aos Colecionadores de Histórias?
Não. ... Brincadeira. Quero sim. Se você estiver lendo isto, quero parabenizá-lo(a), pois você é uma exceção à regra. Ser leitor no Brasil é para poucos, e se interessar por obras nacionais é para pouquíssimos. Você, com certeza, tem sangue de herói (ou de semideus, se for fã de Percy Jackson). Continue lendo sempre, pois ler faz bem para a alma. Um beijo na testa e um sai pra lá na tristeza!
Ahhh! E não esqueça de recomendar meus livros pros amigos (risos).
Eu realmente espero que curtam o Multiverso. Se divirtam muito com essa saga e sim, queria dizer para continuarem a mandar e-mail, twitter, facebook, etc. Muito do livro 2 se deve aos fãs e foi feito para vocês. Opinem, sua voz sempre ecoará no Multiverso. ;)
Resenha #44: Como navegar em uma tempestade de dragão - Cressida Cowell
Páginas: 272
Ano: 2011
Sinopse (Skoob):
Em sua sétima aventura, Soluço terá exatos três meses, cinco dias e seis horas para descobrir a América, encontrar o caminho de volta a Berk, salvar o pai, derrotar as Serpentes-polares e ainda vencer a Competição Amistosa de Nado Intertribal. Será que ele vai conseguir? O relógio está correndo.
Depois da aventura de aniversário, que nos levou a conhecer um dos vizinhos mais perigosos dos Hooligans: Insensato, o Assassino, as Ladras do Pântano e os Hooligans Cabeludos se reúnem aos Assassinos nas Montanhas Assassinas para uma amistosa Competição de Nado Viking.
Tal competição se dá durante um dia frio, em que todos têm que enfrentar um mar de águas geladas e armados até os dentes com o equipamento de batalha. Ganha o último que voltar do mar. E o recorde é de Barbadura, o Terrível, que passou 3 meses, 5 dias e 6 horas nadando – pelo menos, essa é a história.
Como é de se esperar, Soluço e Perna-de-Peixe não estão felizes em executar essa atividade viking, ao contrário de Camicazi que está louca para ir ao mar. Soluço quer apenas não voltar antes de Malvado Melequento, seu primo que é o exemplo do viking clássico e não perde uma chance de aperrear o herdeiro dos Hooligans.
Antes de ir ao mar, Velho Enrugado fala com Soluço e mexe em sua “coisa que tiquetaqueia” – um objeto que mistura bússola, relógio, além de outras coisas que Soluço ainda não descobriu e é a prova d’água – ajustando uma espécie de alarme.
Então todos vão para o mar, menos Stoico e Bertha, enganados por Insensato. Além disso, o vilão enganador sequestra Soluço, Camicazi e Perna-de-Peixe, entregando os garotos para Norberto, o Demente que os leva até a América – considerando-se que esse lugar exista...
Tirando esse problema de estarem presos em um barco, cujo dono quer mata-los e não fazer ideia do que está acontecendo nas Montanhas Assassinas, os garotos ainda têm problemas com dragões selvagens como os Linguetas de Rapina, as Serpentes-Polares e com os Peregrinos do Norte, povo escravizado por Norberto.
Algumas passagens que me marcaram mais: Banguela e Mosca da Tempestade bêbados, o golpe de sorte usado contra Norberto e saber que a luta de Soluço com o Demente entrou para a história dos vikings.
Sinto que esse sétimo volume das histórias de Soluço é um divisor de águas na vida dele. Tudo pelo que passou nos três meses desse livro mudou a visão de mundo dele e acredito que terá bastante influência na continuação da história.
Perna-de-Peixe, apesar de todo seu pessimismo, também está se tornando um herói. É engraçado como Vaca Aterrorizante raramente aparece e, quando aparece, está dormindo ou não fazendo nada para ajudar.
Nota: 5/5
.
Camila Araújo
P.S.: O Cole agora tem fanpage: https://www.facebook.com/ColecionadoresDeHistorias, portanto curtam que logo terá promoção rolando por lá.
Drops: Tarde de Autógrafos
Ocorrerá dia 31/03, no Rio de Janeiro. Coles cariocas e quem mais estiver por lá (infelizmente não estarei...) não deixem de ir!
Quem estará lá? Quatro escritoras brasileiras:
Luciane Rangel, autora da série Guardians - que tem resenha aqui.
Bianca Carvalho, autora de Jardim da Escuridão - aqui.
Mare Soares, autora de Chantilly - aqui.
E Rafaela Guimarães, autora de Cordas Rompidas - aqui.
O evento ocorrerá na Nobel do Norte Shopping, das 16h às 21:30, com bate papo, venda e autógrafo de livros, brincadeiras e sorteios de brindes.
E para dar uma agitada no evento, tem promoção para quem ajudar á divulgá-lo, acessem: http://livro-guardians.blogspot.com.br/2012/03/promocao-de-divulgacao-tarde-de.html
Continue lendo...
Quem estará lá? Quatro escritoras brasileiras:
Luciane Rangel, autora da série Guardians - que tem resenha aqui.
Bianca Carvalho, autora de Jardim da Escuridão - aqui.
Mare Soares, autora de Chantilly - aqui.
E Rafaela Guimarães, autora de Cordas Rompidas - aqui.
O evento ocorrerá na Nobel do Norte Shopping, das 16h às 21:30, com bate papo, venda e autógrafo de livros, brincadeiras e sorteios de brindes.
E para dar uma agitada no evento, tem promoção para quem ajudar á divulgá-lo, acessem: http://livro-guardians.blogspot.com.br/2012/03/promocao-de-divulgacao-tarde-de.html
Camila Araújo
Resenha #43: Como mudar uma história de dragão e Guia do herói para vencer dragões mortais - Cressida Cowell
Editora: Intrínseca
Páginas: 256
Ano: 2011
Sinopse (Skoob):
Alguém roubou o Ovo de Fogo e agora o vulcão na Ilha do Vulcão está ativo e os tremores estão chocando os ovos dos dragões Exterminadores! Conseguirá Soluço devolver o Ovo de Fogo ao Vulcão, parar a erupção E salvar a Ilha de Berk de ser varrida do mapa pelas terríveis espada-garras dos Exterminadores? Quinto livro da série que virou filme "Como Treinar O Seu Dragão".
É a quinta aventura de Soluço e Banguela, e eles a iniciam enfrentando uma onde de calor totalmente atípica aos verões de Berk, com Velho Enrugado – o avô de Soluço – prevendo o despertar de uma nova raça de Dragões Aterrorizantes.
Todos, vikings e dragões, estão preguicentos por conta do calor, mas Bocão leva seus 12 aprendizes para uma aula de pastoreio de renas montando dragões. Nesse momento, os jovens começam a trabalhar com novos dragões, além dos de caça. O escolhido de Soluço é Caminhante do Vento – nervoso, de olhar feroz e manqueira pronunciada.
Eles deveriam se aproximar das renas silenciosamente, mas Banguela precisa aprontar e voa velozmente entre elas, espantando os animais e fazendo-os correrem em todas as direções. Mas a situação fica mais caótica quando fogo irrompe na montanha acuando a turma para o topo. Rapidamente, eles se veem dentro de um círculo de chamas e o dragão de montaria de Bocão, Golias, é quem retira todos de lá, pois os dragões dos garotos ainda não aguentam voar com pessoas montadas.
Além do fogo, Bocão e Soluço são atacados por dragões nunca vistos antes com garras que mais parecem espadas e são salvos por um homem montado em um dragão branco, que viria a ser Fabuloso Figurão – reconhecido herói viking que estava desaparecido por 15 anos.
Essa aventura leva Soluço e seus amigos à ilha dos Lava-loucos, que se transformou em verdadeiro ninho de dragões mortais com milhares de ovos esperando a temperatura certa para eclodir. E mais uma vez, nosso jovem herói precisa salvar sua tribo e todo o arquipélago barbárico não só de dragões, mas de um vulcão prestes a entrar em erupção.
Um segredo de família é revelado e há a descoberta de traições vindas de pessoas que não imaginávamos e de uma figura já conhecida nossa de outros volumes das lembranças de Soluço.
Nesse volume, Banguela apronta muito, mas também salva o dia. Como? Só vocês lendo para saber.
Nota: 5/5.
Páginas: 250
Ano: 2011
Sinopse (Skoob):
Soluço Spantosicus Strondus III foi o mais grandioso herói já visto em todo o território viking. Ele era bravo, impetuoso e muitíssimo inteligente. Mas até mesmo os grandes heróis podem ter dificuldades no começo. Principalmente se têm como companheiro um dragãozinho teimoso e mal-educado. Nessa nova aventura da série, Soluço está prestes a completar doze anos, mas as comemorações do seu aniversário, é claro, não serão muito tranquilas: nosso herói se perde no labirinto do bibliotecário Cabelo Assustado e, à espreita, estão os perigosos Dragões-brocas e o terrível Insensato, o Assassino, prontos para atacar.Com ação, muito humor e ilustrações divertidíssimas, a receita do sucesso de Como treinar o seu dragão permanece seguida à risca nesse sexto lançamento da série escrita e ilustrada pela inglesa Cressida Cowell, autora premiada de obras infantis e infanto-juvenis. Crianças, jovens e adultos que já conhecem Soluço e o dragão Banguela, seja das páginas dos livros, seja das telas de cinema, não vão querer perder essa nova história. O livro traz uma seção especial com um Dicionário de Dragonês, que vai agradar em cheio os fãs da série.
O sexto volume das memórias de Soluço, nos leva à comemoração de seu aniversário de 12 anos. As Ladas do Pântano estão em Berk e há competições amigáveis entre as tribos.
Soluço discute com Banguela porque ele não está comendo madeira, que é necessária a boa saúde de um dragão, e o dragãozinho come e chamusca o novo trono de Stoico, sendo ameaçado de exílio por isso.
Além do chefe dos Hooligans ficar extremamente zangado com Banguela, ele ainda fez uma aposta com Bertha – líder das Ladras – de que os Hooligans são tão bons em roubo quanto ela e está procurando pelo livro “Como treinar o seu dragão”, que foi surrupiado por Bocão da livraria dos Cabeças-Ocas.
O problema é que esse livro também foi vítima das fortes gengivas de Banguela. Daí, para salvar seu dragão, Soluço se vê tendo que invadir a Biblioteca Pública dos Cabeças-Ocas para roubar um outro exemplar do livro. Camicazi e Perna-de-Peixe vão com ele e a garota os leva à ilha dos Cabeças-Ocas num Dragão Furtivo que foi roubado de Insensato, o Assassino, por Bertha.
Os livros são desprezados pelos vikings e, por isso, ficam trancafiados em uma biblioteca úmida e escura (acho que a Nanda, assim como eu, teria uma agonia lendo essa parte do livro), guardados pelo bibliotecário Cabelo Assustado, 400 guardas Cabeças-Ocas e vários Dragões-Brocas.
Além disso tudo, nós somos apresentados à Mosca da Tempestade, a dragoa de caça de Camicazi, por quem Banguela passa a nutrir uma certa admiração, se é que vocês me entendem...
Esse volume da série de Cressida Cowell trás uma espécie de compilação de muita coisa que vimos nos outros volumes, mais ou menos como um guia mostrando vários personagens rapidamente, além de um “anexo” com perfis de dragões e outro com um dicionário de Dragonês.
É como uma recapitulação de tudo que já aconteceu e preparação para o que ainda virá.
Nota: 5/5.
P.S.: O Cole agora tem fanpage: https://www.facebook.com/ColecionadoresDeHistorias, portanto curtam que logo terá promoção rolando por lá.
Camila Araújo
Estante de Séries - s02e01 - Smash
Smash
Gênero: Musical / Drama
Ano: 2012
Canal: NBC
Duração: 60 Minutos
Elenco:
Debra Messing
Jack Davenport
Katharine McPhee
Christian Borle
Megan Hilty
Anjelica Houston
Outros
Leves spoilers a seguir.
Smash causou um grande burburinho desde o anúncio de sua produção, pois, após o estouro de Glee, o anúncio de uma série musical tornou as comparações inevitáveis. Logo começaram a rotular a série como “um Glee para adultos” ou “o novo Glee”. Entretanto, o que se vê em Smash é algo completamente diferente da série adolescente da FOX (Ok, ambas são musicais, mas as semelhanças param aí).
O plot da série é o desenvolvimento e a produção de Marilyn, The Musical, um musical para a Broadway inspirado em Marilyn Monroe escrito pelos já experientes Julia Houston (Debra Messing) e Tom Levitt (Christian Borle). No processo de produção, somos apresentados a Karen Cartwright (Katharine McPhee), a jovem batalhadora do interior que vai a Nova York sonhando em ser uma estrela e a Ivy Lynn (Megan Hilty), a atriz experiente que busca protagonizar seu primeiro musical. Além disso, temos Derek Wills (Jack Davenport), diretor da peça e Eileen Rand (Anjelica Houston), produtora.
Nesta fase inicial (a série conta com 6 episódios até agora), vemos a rivalidade entre Karen e Ivy ser colocada em primeiro plano, pois, inicialmente elas disputam o papel de Marilyn e, mesmo com Ivy conseguindo o mesmo, Karen entra para o musical como uma das integrantes do coro, sendo uma ameaça constante à estrela da casa. Ao mesmo tempo, vemos Eileen tendo dificuldades para arrecadar fundos para a produção por conta de seu conturbado e recente divórcio, além de outras tramas paralelas.
A série é um prato cheio não só para os fãs de musicais, mas para aqueles que gostam de um bom drama, pois, apesar de ser um musical, a trama é muito bem desenvolvida e as músicas são colocadas de modo a adicionar ao episódio e não ser seu momento central. Aqueles que imaginaram como se faz um musical do zero também vão ficar bem satisfeitos, pois os bastidores são muito bem retratados.
No quesito musical, como dito antes, as cenas são variadas desde ‘situações de microfone’ (onde a personagem acha um microfone para soltar a voz) a cenas de canções originais, escritas para Marilyn, The Musical, mostradas em ensaios ou em trechos do que parece ser a visão dos autores e do diretor de como a cena seria colocada no show.
Aposta da NBC para 2012, Smash tem se mostrado um acerto e tem tudo para ir longe.
Mais séries? Visitem o 'O Dia em Série'.
Do Livro para a Telona III
Depois da minha resenha sobre o filme de Eragon (ainda choro lágrimas de vergonha alheia), nossos caros leitores devem ter percebido que esta que vos fala é meio desconfiada com o sistema livros-que-viraram filmes. Não que seja uma fanática que gostaria que a indústria de cinema deixasse os livros socados em suas prateleiras, acumulando poeira - na-na-ni-na-não.
Existem livros que eu só sei que são livros porque viraram filmes ("O Exterminador do Futuro", fiquei muito chocada com a descoberta). Existem livros cujos filmes conseguem fazer jus à obra (como "O Senhor dos Anéis", apesar das adaptações titânicas). E existem livros que nasceram para virar filmes; onde os produtores do cinema conseguem capturar toda a essência da história original, multiplicá-la, e usar todo os elementos diretos do vídeo - vozes, ruídos, música, imagens, cores - para tornar o resultado final algo muito além da imaginação individual do criador.
É nesse último quesito que classifico o filme "Como Treinar o seu Dragão". É bom assim.
Alguns pontos a serem esclarecidos antes da autora começar a babar e mimar esta obra prima da Dreamworks: 1. Eu li, sim, o livro "Como Treinar o seu Dragão", da Cressida Cowell, antes de assistir o filme. Posso falar com sinceridade e propriedade que já conhecia o início da saga de Soluço e dos vikings sem noção de Berk antes de ver a versão em 3D deles. O livro é uma coisa fofa e cativante, aliás. A sinceridade dos protagonistas conquista, mesmo que a obra seja puramente infantil. Se é que uma história tão trançada em sarcasmo pode ser considerada dessa forma. Enfim, resumindo, tinha minhas expectativas literárias quando assisti a esse negócio. 2. Geralmente começo a espernear no cinema quando o filme não sai exatamente como eu imaginei, ou quando os roteiristas acham que não vai fazer diferença se, sei lá, os olhos do Harry Potter forem AZUIS e não VERDES, né, porque não é como se isso não fosse repetido trezentas milhões de vezes em todos os livros.
Dito isso, "Como Treinar o seu Dragão" foi o único filme que pegou um livro do qual eu gostava, mudou uma porrada de coisas, e ao invés de me fazer passar o filme resmungando "que diabo é isso", "não é assiiiiim", "minha nossa senhora da traça de livro, como essa mulher deixa fazerem isso com o livro dela, maldito capitalismo", fez eu passar o filme com um sorriso e, em alguns momentos, quase chorando.
Vou mais longe: "Como Treinar o seu Dragão" foi uma versão fofinha do que "Eragon" devia ter sido. Meaow, é isso aí.
O QUE MUDOU
A Dreamworks, em um golpe de genialidade, acertou exatamente em o que não deveria mexer para evitar descaracterizar a história. Foi que nem a plástica da Megan Fox, sabe? A moça já era bonita, mas o Projeto Angelina Jolie foi muito bem sucedido.
A mudança mais óbvia, e que talvez cause mais desconfiança por parte dos fãs xiitas, é o Banguela. Quem leu o livro sabe que o Banguela original era um dragão pequeno, mirrado, covarde e COMUM. E banguela. Já o Banguela do filme é um Fúria da Noite (nome da raça), um dragão tão rápido e esperto, tão impressivo, que os vikings de Berk sequer têm um registro dele em seu bestiário dracônico. E não é banguela - pelo menos não o tempo todo.
Outra mudança importante é o fato dos dragões não "falarem" com o Soluço que, no livro, é um notório falador (e entendedor) de "dragonês".
Mas isso não atrapalhou em nada, sério, NADA do encanto da adaptação. A falta de discurso verbal do Banguela e dos outros dragões deu lugar à sutileza de movimento, atitude e expressão por parte dos bichos que jamais poderia ser reproduzida em um livro. Ao mesmo tempo, Soluço tornou-se duplamente sarcástico para suprir a ausência das conversas ferinas e espirituosas que o dragãozinho cospe a guisa de fogo o tempo inteiro no livro. E é assim que a dinâmica dos dois personagens principais adquire equilíbrio perfeito ao longo da história.
Aliás, essa adaptação, ao meu ver, era muito necessária. Por mais que seja importante contar a história de superação do meninozinho magricela com um dragãozinho que mais parece uma lagartixa inofensiva, essa só teria o mesmo sentido que teve no livro se a história seguisse o enredo da mestra Conwell passo a passo. E por mais que "Como Treinar o seu Dragão" (o livro) seja breve, o livro permite um insight nos personagens próprio de narração em primeira pessoa, e também foca bastante no grupinho de garotos que acompanha Soluço em sua busca por um dragão. Um filme não poderia passar a delicadeza da situação do garoto se fosse focar em tudo o que a história original mostra ser relevante, e por isso a adaptação foi muito feliz.
A Astrid também foi um acréscimo do filme que fez muito bem ao enredo. Apesar de função primária como interesse amoroso do personagem principal (humano), ela também foi o estopim do conflito e do clímax da história. O filme fluiu melhor por causa dela, mesmo que ela tenha caído de para-quedas nesse roteiro.
Resumindo: os roteiristas remendaram a história toda de forma que o filme focasse quase completamente na relação entre um menino e seu dragão, motivo pelo qual eu e milhares de outras pessoas ficamos de coração derretido ao assistir.
O MENINO E O DRAGÃO
Em toda história medieval/mágica/wtv que tenha dragões bonzinhos - ou pelo menos dispostos a não comer todos os seres vivos menores do que eles - eu fico esperando um efeito "Eragon" transcorrer. Não sei se é algo no meu DNA que gostaria de ter um dragão de estimação, ou se é uma vontade que surgiu desde que eu assisti "Coração de Dragão" pela primeira vez na Sessão da Tarde: um laço forte de afeto, amizade, codependência, o que seja, entre um ser mitológico tão majestoso como um dragão e um simples ser humano. Chamo isso de efeito "Eragon" porque essa é basicamente a premissa daquele livro, muito embora a adaptação cinematográfica dele tenha sido tão tosca.
"Como Treinar o seu Dragão" (o filme) conseguiu traduzir essa relação de sonho para a telona com maestria, justamente por construir toda a história ao redor de Soluço e Banguela, sem ficar distraído com qualquer outro aspecto da ficção de Berk. A introdução aos personagens, por exemplo, acontece de forma rápida e contínua, explicando em poucas cenas e palavras tudo o que se precisa saber sobre Soluço, Stoico, todos os vikings de Berk e sua mentalidade sobre os répteis voadores. Em dez minutos de filme, já estamos devidamente escolados no enredo para presenciarmos o primeiro encontro entre o menino e o dragão, e todo o resto do filme se desenrola na construção e fortificação do relacionamento - LINDO, LINDO - dos dois.
Nesse processo, tudo ajudou. O gráfico do filme é um 3D fofinho, sem pretenções de manter as imagens na proporção da realidade, mas não tão disforme a ponto de dar aquela sensação de que estamos vendo alienígenas. Confesso que, quando vi as primeiras stills do CG do Banguela, fiquei muito incrédula. No entanto, quebrei completamente a minha cara quando vi o dragãozinho se movendo e sendo fofo na tela, admito sem vergonha. Ele tem uma textura fofinha de bichinho de pelúcia, mas os olhos são grandes e tão EXPRESSIVOS que fazem o telespectador levar o personagem a sério desde o primeiro momento.
A música também é quase um personagem próprio nesse filme. Todos vocês vão ficar com vontade de adquirir a trilha sonora de John Powell assim que terminarem os créditos finais. Ela é cheia de flautas e gaitas de fole, ao estilo folk, e combina totalmente com a história. Uma das faixas, chamada "Forbidden Friendship", embala um momento crucial (e bem óbvio, né, se você entendeu o nome da música) de uma forma que me fez ganhar um respeito ainda maior por qualquer ganhador de Oscar por trilha sonora.
Nossa, eu estou sendo muito parcial, não estou? Vou terminar logo esse texto antes de começar a babar no teclado, ou de parar no meio para ir assistir o filme. De novo.
O LADO BOM
Tudo.
Okay, deixa eu listar, né.
1. Adaptação super bem-feita, a ponto de eu considerar até melhor do que o livro (!!!). O roteiro foi cuidadoso e deixa aquela vontade de bater palmas em muitos momentos.
2. Personagens cativantes. TODOS eles.
3. Gráficos estonteantes. Olha, tem uma cena de por do sol + passeio no cangote do dragão lá que é simplesmente de babar. Mesmo o aspecto infantil dos humanos e dos dragões não diminuiu a beleza do filme.
4. A música é perfeita. Sério, eu escuto o CD da OST todo dia, geralmente antes de dormir.
5. Faz algum tempo que eu venho perdendo minha fé na dublagem brasileira, mas sabe a dublagem desse aqui? Impecável. Todas as adaptações são válidas, todas as vozes foram bem escolhidas, a sincronização é muito bem feita. Faz até eu esquecer que não estou ouvindo a voz de veludo do Gerard Butler como Stoico.
6. Vaza sarcasmo desse filme em doses saudáveis e de bom gosto.
7. A história é para todas as idades: meu irmão de quatro anos até hoje finge ser um Fúria da Noite enquanto corre pela sala, e a minha mãe, de quase cinquenta anos, assistiu o filme sozinha no meu computador mesmo depois do meu já mencionado irmão trocá-lo por um episódio de Ben 10 do Cartoon. E eu juro que vi os olhos dela brilharem nas partes emocionantes.
O LADO RUIM
Tive que me esforçar bastante nesse, mas tentei ser realista:
1. O filme realmente mudou bastante da história. Não desnaturalizou a ideia geral da coisa, mas operou mudanças grandes o bastante para ser considerado um Universo Alternativo.
2. O fato da Astrid ter sido criada talvez crie alguns problemas com as continuações que DreamWorks já está fazendo.
3. Eu ainda não assisti os websodes extras! Certo, isso não é uma coisa ruim para o filme; mas é ruim para mim, tá legal?
CONCLUSÃO
Recomendado. Se é que minha total falta de impacialidade não foi uma indicação. E para aqueles que não se contentam em assistir só o filme, visitem também o Tumblr dos produtores do filme, com character designs, stills e textinhos legais; tem também o site oficial, que é muito legal (quero dizer, eles fizeram um show com dragões em tamanho real baseado nesse filme! Quão legal isso é?).
E para saber sobre os livros, vejam as resenhas da Camila: aqui e aqui!
E para saber sobre os livros, vejam as resenhas da Camila: aqui e aqui!
Larissa