Resenha #57: A Casa das Orquídeas - Lucinda Riley

, em quinta-feira, 24 de maio de 2012 ,
Editora: Novo Conceito
Páginas: 560
Ano: 2012

Sinopse (Skoob):
Quando criança, a pianista Júlia Forrester passava seu tempo na estufa da propriedade de Wharton Park, onde flores exóticas cultivadas pelo seu avô nasciam e morriam com as estações. Agora, recuperando-se de uma tragédia na família, ela busca mais uma vez o conforto de Wharton Park, recém-herdada por Kit Crawford, um homem carismático que também tem uma história triste. No entanto, quando um antigo diário é encontrado durante uma reforma, os dois procuram a avó de Júlia para descobrirem a verdade sobre o romance que destruiu o futuro de Wharton Park... E, assim, Júlia é levada de volta no tempo, para o mundo de Olívia e Harry Crawford, um jovem casal separado cruelmente pela Segunda Guerra Mundial, cujo frágil casamento estava destinado a afetar a felicidade de muitas gerações, inclusive da de Júlia.


Júlia cresceu tocando piano e se mostrou uma virtuose da música clássica ao ponto de ser mundialmente conhecida e considerada uma celebridade. Ainda criança, encontrou uma vez com Kit, o jovem herdeiro do título de nobreza da família Crawford, que – de já – ficou admirado com sua habilidade com o instrumento, mesmo ela tendo apenas 11 anos na época.
Júlia está se recuperando de uma grande perda e parece morta para o mundo. Sua irmã Alícia se preocupa muito, pois, apesar de não estar morta, Júlia também não vive e se isolou em seu chalé numa montanha de Norfolk próxima à casa de Wharton Park, onde adorava passar os verões na infância.
As jovens perderam a mãe durante a adolescência e Alícia, sempre solicita e determinada a ajudar todos que precisavam, tomou para si o dever de cuidar da irmã mais nova e era – ainda é – um tanto incisiva demais na tarefa, deixando Júlia desconfortável.
Depois de uma visita a mansão e do aniversário do pai, Júlia resolve que precisa viver. E recebe a ajuda – acidental – de Kit, que lhe entrega um diário antigo, possivelmente escrito por seu querido avô Bill, além de ela ter encontrado pinturas antigas feitas pela mãe que a fazem mergulhar em uma pesquisa sobre a vida em Wharton Park antigamente.

Uma viagem pelo passado, quando vovó Elsie ainda era muito jovem, apresenta ao leitor Olívia – jovem inglesa que sempre viveu na colorida Índia – e Harry – o herdeiro Crawford nos idos de 1939.
Olívia e os pais voltam à Inglaterra para que ela tenha sua temporada como debutante da sociedade e, em uma das muitas visitas a amigos da família, eles vão para Wharton Park e ela conhece Harry, recém tornado oficial do exército, pacifista encubado e apaixonado por piano.
Ele a leva até a estufa, onde ela conhece Bill e o pai, Jack, e Olívia fica apaixonada por aquele pequeno mundo de cores em meio ao acinzentado frio da Inglaterra. Ela também, apesar de sua inicial crença, gosta dos bailes da temporada de debutantes.
Neste mesmo período, acompanhamos o relacionamento de Elsie e Bill mudar do namoro para o casamento.

A narrativa volta a focar em Júlia e vemos um relacionamento surgir entre ela e Kit. E ela se fortalece a cada dia encarando as lembranças dolorosas do passado e aprendendo com a história que Elsie contou.

Voltamos mais uma vez ao passado, quatro anos a frente do primeiro relato de Elsie, e vemos como ficaram todos depois da guerra. A recuperação de Harry na Tailândia e o modo como a vida continua em Wharton Park.

As vidas dos antigos moradores são reveladas para a nova geração e alteram a vida desta com a revelação de alguns segredos. Além disso, a recuperação de Júlia sofre uma reviravolta quando ela vai à França, onde morava antes de ir para Norfolk.

A Casa das Orquídeas é um romance completo: com perdas, reencontros, amores perdidos e restaurados, mudanças, choques e felicidade apesar e além da tristeza. E tudo isso é dobrado, pois acompanhamos a história de duas famílias entrelaçadas, dois casais que – apesar de viver em tempos diferentes – estão conectados pela mesma casa.
A história emociona e mostra que mesmo quando perdemos pessoas queridas, podemos superar e seguir em frente, construindo uma nova vida em que aqueles que perdemos farão falta e não serão esquecidos, mas acompanharão nosso crescimento e felicidade.
Vemos que as circunstâncias podem nos separar do amor verdadeiro e que ele nunca fica para trás por mais que vivamos. Que aqueles que o vivem são abençoados e devem aproveitá-lo.
E é bom eu parar por aqui ou vou entregar a trama toda para vocês. Termino deixando minha indicação desse romance lindo para vocês.

Nota: 4,9/5.

Camila Araújo

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