Chapéu Seletor #3: Saga Crepúsculo

, em segunda-feira, 5 de novembro de 2012 ,
Esse post deveria ter ido ao ar no dia 31 de outubro, por se adequar à data, mas eu já tinha postado outra coisa, daí ficou para hoje... (Camila)

Aposto como vocês sentiram falta do Chapéu Seletor, aquele que estereotipa até os personagem mais complexos! Ou não. 

Como é um Chapéu Seletor especial de Halloween, procurei um livro que contasse com o teor macabro da data, ou com os personagens tarimbados do sobrenatural e espiritual. Minhas principais opções foram os livros da Anne Rice ou as sacerdotisas de Avalon da Marion Zimmer Bradley, mas cheguei à conclusão de que esses não são conhecidos por muita gente. Além disso, não há porque não comemorar a tradição do Halloween com personagens populares, não é? E é por isso que vocês vão ler o "sortimento" da galera da série Crepúsculo, de Stephanie Meyer!

Dessa vez, vou ter que delegar casas sozinha, porque meus colegas Helga-Camila e Salazar-Pedro não estão no recinto, MAS! Prometo ser boazinha. Quero dizer, justa. Até porque sei que serei linchada se falar besteira, gulp.

Começando pela pelo mais difícil, para tirar logo do caminho: Isabella Swan!

Uma coisa que eu notei por fazer parte do fandom de Twilight anos antes de virar o que ele é hoje, é que a forma como a Bella é entendida e interpretada pelas pessoas varia muito. Por exemplo, eu, quando li, guardei comigo que as duas principais características da personagem eram obstinação e sacrifício próprio. Não altruísmo, porque ela não é generosa, e tudo o que ela faz é, como a mãe dela definiu, orbitando ao redor do Edward. Mas ela é extremamente DEVOTA às causas e pessoas que escolhe. Isso é uma qualidade muito Grifinória. Entretanto, depois do boom de fãs trazidos pelo filme, comecei a ler e ouvir várias outras opiniões a respeito da moça, a maioria em relação ao desenvolvimento da personagem na história e da pouca complexidade dela ou algo assim. No fim das contas, a Bella-pós-fama acabou me parecendo indecisa e com síndrome da pacificadora frustrada (quer que todo mundo se dê bem e sofre quando isso não é possível). O fato da Kirsten Stewart caprichar no drama e na apatia, em doses estranhamente complementares, acabou criando essa ideia geral de que a Bella é uma boneca sem alma.

Revendo tudo isso para decidir uma casa, fui reler algumas passagens da história e cheguei à conclusão que a minha primeira impressão é mais compatível do que a segunda, influenciada pela vibe da febre Crepúsculo e pelos filmes. A Bella é bem ame-ou-odeie porque é uma metade de um todo; a vida dela só é completa com o Edward, ela não é alguém por si mesma. Há quem ache isso falta de personalidade, e há quem ache isso romântico. Além disso, ela toma decisões ambíguas e reversíveis quando há a vida de outra pessoa em jogo, mas não hesita em se sacrificar quando só ela está correndo riscos. Ela tem um jeitinho maquiavélico de pensar e não é nem um pouco burra, mas não tem um traço do caráter dela que a defina, porque, como já mencionado, o que a define é o Edward.

Por isso, fui por eliminação. Apesar de aparentar querer se dá bem com todo mundo, a Bella não é boazinha. Ela não quer machucar ninguém, mas não hesitou em jogar fora toda a vida humana que tinha, família, amigos, Jacob, pelo Edward. Ela até tentou conciliar as coisas, mas quando viu que não dava, jogou tudo para o alto e fez o que quis. Enfim, o senso de altruísmo da Lufa-Lufa não está no script.

Ela também não é Sonserina, porque não tem ambição NENHUMA além do Edward, que não pode nem ser considerado ambição, porque ele já era dela desde de o primeiro instante. Nem o vampirismo ela quer pela imortalidade, beleza, poder; ela quer porque a coisa toda vai permitir que ela seja eternamente feliz ao lado da alma gêmea e tal.

Não é Corvinal, também, apesar de ser bem inteligente. Não é a esperteza, a capacidade de pensar friamente nas coisas que a define. Ela certamente não está em busca de sabedoria.

Por fim, acho que a impetuosidade, completa ausência de medo de coisas que deveriam assustá-la e a atitude definitivamente suicida que ela tem até mesmo depois de ser vampira são o suficiente para deixá-la na Grifinória. Ela é a própria definição da bravura indômita.

E, bem, onde há Bella, há Edward, que não vejo dificuldades em classificar como Corvinal. Desculpa a heresia, Cedrico 8D. Ele não está nem aí em causar má impressão nos outros ou magoar os sentimentos de ninguém, não pode nunca ser Lufa-lufa. Também não tem vontade de dominar o mundo, ou de ser o melhor e mais poderoso ou o que seja, não tem ambição de nada, não dá para ser Sonserina. E enquanto algumas atitudes loucamente corajosas do cara ocorreram, não foi por ele ser especificamente corajoso ou nobre; era simplesmente o que ele tinha que fazer para proteger a Bella. No fim das contas, todos os planos dele foram pensados, calculados e executados com muita precisão, inclusive na época em que ele estava tentando convencer a Bella de que ficar com o Jacob era a melhor opção. Ele é muito lógico; quando estava se alimentando de humanos, justificava o ato por saber que eles eram criminosos, psicopatas, etc. Além disso, dá para perceber que o que mais tira o Edward do sério é quando ele não consegue captar o pensamento de alguém, nossa, se isso não é material de Corvinal, não sei o que é.

Para completar o triângulo, Jacob! Jacob é praticamente a definição ambulante de Gryffindor. Impetuoso, corajoso, insensato, leal, passional, o cara é o próprio Godric Gryffindor minus espada. Nem tem muito que discutir aqui, é só ler todo aquele trecho em que ele se desliga da matilha original para formar a própria.

Entre o restante dos Cullen, o Carlisle é, obviamente, Lufa-Lufa. Ele é quase a ONU dos vampiros, aprendeu a suportar o cheiro de sangue porque não queria matar nem machucar ninguém. Poxa, ele é rico, imortal, bonito, e escolheu ser médico simplesmente porque quer salvar vidas, e TODOS os membros da família dele são pessoas que ele não suportou deixar morrer. A Esme é pouco explorada, mas é mencionado algumas vezes que a característica mais importante dela é a compaixão. Acho que isso faz dela Lufa-lufa, também. O Emment cai na mesma laia do Jacob, sem tirar nem pôr: Grifinória!

A Rosalie é mais difícil porque, apesar da atitude de bitch, é na verdade uma moça frustrada com a vida. Só coloco a Rose na Sonserina porque ela tinha uma ambição, que era ter filhos, e fez de tudo para conseguir realizá-la através da Bella. Quero dizer, a Bella estava morrendo e a Rosalie só queria que a Nessie sobrevivesse.

Jasper é bem maquiavélico e atormentado, mas a forma de pensamento tático dele é bem Corvinal. Agora, a Alice... Mais complicado, hein. Ela é bem balanceada, e eu fico em dúvida entre Grifinória e Lufa-lufa. Acho que, no fim das contas, ela seria Lufa, mesmo, porque o que mais importa com ela é o joie de vivre.

Entre os lobos, os que o leitor mais tem contato fora o Jacob são a Leah e o Seth. A Leah é muito Grifinória, pela forma como abraçou os aspectos mais físicos da transformação, embora tenha ressentido a situação com o ex-noivo, especialmente dentro da mente unificada da matilha. O Seth é Lufa-lufa clássico! Tudo o que ele quer é que todo mundo seja amigo e feliz. Adoro você, Seth.

Entre os humanos, o xerife Swan é Grifinória, eu acho. Ele e a Bella são muito parecidos. A mãe da Bella é Lufa-Lufa pela mesma razão da Alice. O resto dos humanos nem registra direito no meu radar.

E por fim, os vilões! Dos Volturi, Aro e Caius são praticamente Voldemort e Lucius Malfoy, né. Quero dizer, o Aro quer colecionar os vampiros mais poderosos do mundo e tal, é o hobby dele, e a forma espartana como ele lida com tudo é muito Slytherin. E o Caius mandou matar todos os lobisomens do mundo porque tinha medo deles. Tipo. Agora, Marcus. Pobre Marcus. Ele apagou depois que a Didyme foi morta pelo irmão dela e tal. Eu acho que o Marcus costumava ser Gryffindor, mas agora ele não é nada. A Jane é claramente Slytherin, né, nem dúvidas, mas o Alec eu acho ser Ravenclaw. Ele segue a irmã dele, mas tem desinteresse pela dor alheia. O resto dos guardas dos Volturi não é interessante o bastante para entrar na minha Hogwarts.

Do coven do James, o próprio é muito Slytherin ao melhor estilo Predador, né, caçador de homens, cruuuuuzes; a Victoria me pareceu ser muito Gryffindor - ela não é má por ser má, ela só quer se vingar da morte do companheiro dela, e vai atrás disso sabendo que poderia se ferrar no processo. E o Laurent, bem, muito pouco sobre ele para chegar a alguma conclusão, para ser sincera.

E vocês? Concordam, discordam? Queriam ter visto algum personagem aleatório que eu não falei aqui porque não tem personalidade suficiente? 8DD 8DDDD

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