#303: Tenshi – Um Anjo sem Asas – Luciane Rangel

, em segunda-feira, 20 de julho de 2015 ,
Editora: Era Eclipse
Páginas: 300
Ano: 2014

Sinopse (Skoob):
Seria ele um anjo? 
Que outra explicação teria para aquele garoto surgir do nada em seu caminho, caído, ferido, frágil e desmemoriado, bem na noite de um tradicional festival?
Ao encontrá-lo, a possibilidade de ajudá-lo se torna um escape para Umi, uma adolescente que enfrenta no dia a dia as dificuldades de ser diferente.
E assim ela acaba, sem perceber, se envolvendo em um novo sentimento. Enquanto se esforça para descobrir quem é o misterioso garoto desmemoriado, os acontecimentos inesperados daquele verão também levam Umi a descobrir mais sobre si mesma.


Matsuo Umi, Gallagher Natsu e Shimada Kaori (lê-se Kaôrí) (os nomes estão escritos na sequência japonesa, com o sobrenome vindo primeiro), são um grupo de amigas bem heterogêneo. Todas têm 15 anos, porém suas personalidades não poderiam ser mais diferentes. Umi é ingênua, doce e meio lenta para perceber algumas coisas; Natsu é empolgada, fissurada pelos EUA e exagerada; Kaori é fechada, séria e solitária. Mas, apesar de todas as diferenças, elas se gostam e cuidam umas das outras.
Há outras coisas que ainda as deixam mais diferentes de todo mundo, principalmente Umi e Natsu, pois elas não são japonesas puras. Umi, na verdade, não tem nada de japonesa, sendo loira, alta, de olhos azuis. E Natsu é mestiça de japonesa com americano.
Durante o festival do Tanabata Matsuri, Umi, depois de se separar das amigas, encontra um rapaz caído no chão, todo machucado e desacordado. Ele também não é japonês e quando volta a si, Umi percebe que é um chinês de olhos verdes. Tentando ajuda-lo, ela pergunta quem ele é e de onde veio, mas ele não sabe. Na verdade, ele não lembra de nada. Sem saber o que fazer, Umi pede a ajuda de suas amigas.
Como ela não pode aparecer com um rapaz desconhecido na casa dos seus pais adotivos, e Natsu também não tem como abriga-lo na casa que mora com a mãe, é Kaori que termina disponibilizando o quarto extra da casa que divide com o irmão para o chinês desmemoriado.
Umi o chama de Aki, pois ficar chamando-o de “menino sem memória” o tempo todo não dá. Ela conversa muito com ele, querendo ajuda-lo, saber quem ele é e de onde veio. Nesse meio tempo, ela descobre que sua mãe, Rei, está grávida, ou seja, finalmente terá um filho “de verdade”, e isso deixa a garota muito insegura.
Natsu está lidando com a ausência do pai, que viajou para os EUA há alguns anos e nunca mais voltou. E Kaori lida, ou não, com um trauma há quatro anos, desde que os pais morreram.

Tenshi fala das inseguranças da adolescência, do xenofobismo, de bulling, das inseguranças de uma criança adotada, de alguém que sofre e não fala sobre o que a magoa e de mentiras para proteger. Mas aborda também a amizade, o amor dentro da família – seja de sangue ou não – e do amor romântico.
Minha personagem preferida é a Kaori. E nem é porque ela sabe bater e se defender, não. (rsrs) É porque, mesmo sendo toda séria e aparentemente indiferente, ela defende as amigas a qualquer custo e quer ver o irmão feliz. Algumas das cenas que mais me tocaram e até me fizeram chorar são protagonizadas por ela. (E eu shippo muito a Kaori com um certo bad boy. XD)
A Umi também é encantadora. E protagoniza outras das cenas mais emocionantes. Sua relação com os pais adotivos é muito bonita e algumas inseguranças dela me fizeram ter vontade de chacoalha-la para fazê-la parar com aquilo, porém, tentando me imaginar no lugar dela, dá para entender seus pensamentos e dúvidas.
Natsu é a personagem com quem menos me identifico, porém gosto muito dela e, se pudesse, teria entrado no livro em alguns momentos para protege-la, confortá-la e defende-la.
Luciane Rangel construiu aqui um romance doce e leve, mas cheio de assuntos importantes que devem ser trabalhados, observados de perto e nunca ignorados. E mais importante, ela mostra a amizade verdadeira de forma descarada e muito bonita. É o tipo de livro que eu rio e fico toda “oooowwwnnn, que fofo!” a maior parte do tempo. Seria amiga dessas três com certeza, aliás, me sinto amiga delas. ;)

Nota: 5/5 – favorito!


Escolha da Kellen para o Gêmeas Book Club de Julho.

P.S.: No Wattpad tem um conto – Apresentação de Balé – Não é um encontro! – escrito por uma fã, protagonizado pela Kaori, que ficou muito bom.
E tem também dois contos escritos pela Lucy – Um Novo Ano (que se passa um ano depois do início de Tenshi - está incompleto) e Conto de Natal (que é um ano depois do final de Tenshi) – que complementam a história do livro e são muito fofos!


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