Editora: Novo Conceito
Páginas: 416
Ano: 2012
Sinopse (Skoob):
É 1908 e acumulam-se tensões internacionais enquanto o mundo
caminha inexoravelmente para a guerra. Após um talentoso projetista de canhões
de couraçados morrer em um aparente suicídio, sua filha, angustiada, recorre à
lendária Agência Van Dorn para limpar o nome do pai. Van Dorn põe seu principal
investigador no caso, Isaac Bell, que logo percebe que as pistas apontam não
para suicídio, mas para assassinato. E quando se seguem outras mortes mais
suspeitas, fica evidente que alguém — um ardiloso espião — está orquestrando a
eliminação das mentes tecnológicas mais brilhantes... Mas isso é apenas o
começo.
Não se preocupem ou achem que estão ficando doidos, este é o
primeiro livro de Clive Cussler que resenho aqui e é o terceiro da série de
aventuras do investigador Isaac Bell. Por que estou resenhando o terceiro ao
invés do primeiro? Porque a Novo Conceito lançou apenas esse livro da série. ¬¬
Deixando essa reclamação eterna, vamos ao livro O Espião.
Para começo de conversa, vocês precisam se desligar dos avanços
tecnológicos aos quais todos estamos acostumados, pois a história se passa em
1908, quando América do Norte, Europa e Ásia viviam em função de construir
novas armas com mais poderio de fogo.
Dito isso, há um espião mandando matar os especialistas a serviço
dos EUA. Primeiro morre o projetista de armamentos, depois o especialista em
blindagem e ainda o especialista em controle de tiro, tudo isso sem ter passado
da página 50. O detalhe: todos morreram de maneiras insuspeitas – um suicídio e
dois acidentes. E o espião é sagaz, usando uma pessoa diferente a cada crime
disfarçado.
Porém, o caso que chega às mãos de Isaac Bell por meio da
Agência de Detetives Van Dorn é o do suicídio do projetista, pois a filha deste
acredita ser tudo uma armação e vai em busca de quem possa ajuda-la a provar
tal fato.
Além desse caso, Bell ainda tem que dar conta da supervisão
da perseguição de três ladrões de banco assassinos que está sendo feita por
John Scully, um investigador solitário que ainda não caiu nas boas graças do
dono da Agência. E é conversando com as amigas de sua noiva, a diretora de
cinema Marion Morgan, que ele tem uma ideia sobre onde os criminosos podem
estar.
(Um aparte: se eu tivesse lido os dois primeiros livros
dessa série já conheceria a noiva e, provavelmente, como eles ficaram noivos!
Além de conhecer as amigas dela. ~ Isso só prova que séries de suspense não são
independentes, apesar dos casos a cada livro o serem!)
Enquanto ele confirma com um grafologista que o bilhete de
suicídio foi forjado, chega a pista que esperava sobre os ladrões de banco e um
pedido de ajuda de John Scully, então ele pega seu carro de corrida, um
Locomobile 1906, e viaja pisando fundo o tempo inteiro e deixando todos os
outros veículos para trás a fim de ajudar o detetive. (Tive que falar disso
simplesmente porque adorei saber que ele dirige um carro de corrida! Isso é
muito legal! *-*)
Em outro lugar, o espião continua arquitetando planos e
contratando criminosos para fazerem o trabalho sujo. Ainda há, pelo menos, três
mentes brilhantes em sua lista.
Mas Isaac Bell não é nada tonto e começa a ligar os pontos.
Querem saber como? Leiam O Espião.
Os autores variam tanto de personagens e de lugares que, se
você estiver fazendo uma leitura dispersa, se perde. Em contraponto, os capítulos
são curtos, o que facilita essa troca, já que cada um deles – em sua maioria –
é sobre um único personagem, às vezes, uma única situação.
Eu poderia ter falado muito mais da primeira parte da
história, (o resumo acima é só sobre a primeira parte do livro) mas acho que é
melhor os curiosos lerem por si mesmo, pois os acontecimentos que se seguem à
descoberta e prisão dos ladrões de banco são determinantes para que Isaac Bell
assuma sua verdadeira missão nesse livro.
A abordagem histórica é muito interessante, com todas as
circunstâncias das investigações à moda antiga, que não divergem tanto de hoje
quando pensamos que desde sempre se fez favores para poder cobrá-los depois e
que bons contatos são a alma do negócio, mas que são opostas ao contexto atual
quando temos que imaginar a demora nas comunicações devido ao uso de
telegramas, cartas e ligações péssimas e a falta da internet na hora de
pesquisar a vida das pessoas.
Além disso, os personagens são carismáticos e envolventes,
como próprio Isaac Bell, descrito como bonito e que, apesar da noiva, atrai
olhares de outras mulheres, mantendo-se – independente disso – fiel a Marion.
Já ela aparece pouco, mas nas poucas vezes em que aparece gostei muito de
Marion, por se mostrar uma mulher a frente de seu tempo, independente e forte.
Outro fato interessante é que conhecemos desde cedo o
espião, porém não consegui imaginar como ele seria pego, ainda mais com todas
as reviravoltas que a história teve, mostrando que a sorte nem sempre estava a
favor dos bandidos, não colaborando o tempo todo com os detetives também.
Para concluir, basta dizer que O Espião daria um belo filme!
A seguir a lista dos títulos da série As Aventuras de Isaac Bell seguidos dos anos de lançamento nos EUA:
1. The Chase
– 2007 - será lançado agora em fevereiro com o título de A Caçada
2. The Wrecker – 2009
3. The Spy – 2010 – O Espião (2012)
4. The Race – 2011
5. The Thief –
2012
6. The Striker
– 05/03/13
Nota: 5/5.
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