Diretor: Josh Boone
Estrelas: Shailene Woodley, Ansel Elgort, Nat Wolff
SPOILERS DO FILME E DO LIVRO!
Preparem-se para um post bem mamilos polêmico.
Antes de tudo deixem eu deixar algo bem claro: eu gostei de "A Culpa é das Estrelas". Certo? Gostei. Achei legal. É raro ver um filme tão fiel ao livro que lhe deu origem beijo, Percy Jackson e este, definitivamente, foi um presente para os leitores que já conheciam a obra de John Green.
Ok. Agora vamos parar e voltar um pouquinho no tempo.
Óbvio que eu já tinha ouvido falar no livro e tal, mas não tinha tido o menor interesse em ler nem nada, até que vi o trailer do filme no cinema e resolvi ceder: a) porque eu não resisto a um livro triste (sou desses) e b) porque eu precisava entender o motivo de tanto hype em cima deste bendito livro.
Saindo do cinema, comprei o livro e li no dia seguinte, bem rapidinho. Foi uma leitura agradável, apesar do tema pesadíssimo e das altas doses de filosofia. No final das contas, consegui a resposta para minha grande dúvida: "A Culpa é das Estrelas" foi feito sob medida para a atual geração de jovens leitoras. Ora, Hazel, a protagonista, ela é basicamente uma dessas garotas.
Completando a receita de bolo, temos Augustus (nome que eu odeio e não acho o ideal pra um protagonista), o (ex-)atleta bonitão e canastrão que se apaixona pela menina que se acha desinteressante. A cereja do bolo? Citações. MUITAS CITAÇÕES.
Isso não é ruim, quero deixar claro, só mostra que o livro é algo que está longe de revolucionar a literatura.
O que eu pensei quando li a última frase do livro? "Isso nasceu para virar um filme!" E virou.
E como um filme de um livro que já estava pronto pra isso, posso dizer que "A Culpa das Estrelas" é um bom acerto e, pasmem, chega a ser melhor que o original.
Explico. Uma das partes mais chatas do livro pra mim é a namorada morta de Augustus, que não existe no filme. As demais mudanças foram bastante pontuais e em nada prejudicam o andamento da estória.
Não tenho um coração gelado e, óbvio, fiquei muito triste com o desenrolar de tudo, mas convenhamos que usar um enredo que gira em torno do câncer é pegar pesado, faz pensar na vida. Cenas como a de Hazel com os pais, bem no finalzinho, discutindo como vai ser a vida deles depois que ela se for, são de derrubar qualquer um.
E, claro, todos os momentos bonitinhos de Hazel e Augustus estão lá. Todas as frases, todos os "Okay". E os suspiros na sala do cinema estavam lá para provar. Suspiros que só foram substituídos por uma inundação de choros copiosos. Sério, algumas pessoas pareciam ter perdido alguém da família assistindo o filme.
Falando do elenco, Shailene e Ansel seguram bem as pontas como protagonistas Tris para de se pegar com seu irmão! Coisa feia! e eu só achei muito estranho os pais da Hazel terem virado pessoas lindas, loiras e magras. Pra que isso, Brasil? Também preciso elogiar Willem Dafoe, excelente como o bêbado escritor Van Houten.
"A Culpa é das Estrelas" é um filme que nasceu para dar certo e faz bem o que se dispõe a fazer, um romance feijão com arroz com um câncer como tempero, deixando a experiência com um sabor bem agridoce.
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