Editora: Faro Editorial
Páginas: 271
Ano: 2015
Sinopse (Skoob):
"Uma história inesquecível
sobre adolescentes que escolheram acreditar no que sentiam. Você vai se
emocionar" - Bruna Vieira, autora do Depois dos quinze.
Um garoto sofreu com um
acontecimento terrível.
Para não enlouquecer, ele começa a
escrever um diário que o inspira a recomeçar, a fazer algo novo a cada dia.
O que não imaginou foi que agindo
assim ele se abriria para conhecer pessoas muito diferentes: a cabelo de
raposa, o James Dean não-tão-bonito e a menina de cabelo roxo, e que sua vida
mudaria para sempre!
Prepare-se para se sentir quase
atropelado de uma forma intensa, seja pelas fortes emoções do primeiro amor,
pelas alegrias de uma nova amizade ou pelas descobertas que só acontecem nos
momentos-limite de nossas vidas.
Estar vivo e viver são coisas
absolutamente diferentes!
Tudo começa quando um jovem que passou por uma situação
muito traumática há alguns meses resolve seguir as orientações da psicóloga e
os pedidos da mãe e começa a escrever um diário. Ele inicia só para
satisfazê-las e não acredita que vá ter coisas muito interessantes para
escrever ali, porém logo no dia seguinte, ele sai para andar de bicicleta pelo
condomínio onde mora e é quase atropelado por uma garota.
Tanto o evento em si, quanto a garota chamam muito a sua
atenção. O evento porque é uma grande mudança depois de vários meses de
isolamento e depressão. Tudo bem que ele quase sofreu um acidente
potencialmente grave, mas é justamente isso que o faz começar a enxergar a vida
com novos olhos. E a garota o atrai por ser muito bonita, por passar do choque
ao riso rapidamente e por ter um cabelo que o lembra das raposas dos livros
infantis.
Daí em diante a vida desse Garoto Quase Atropelado muda
bastante e nós acompanhamos o mês em que essas mudanças acontecem.
O texto é muito bem escrito! Bem construído mesmo. E a
narrativa trata de temas bem pesados – suicídio, homossexualidade, bulimia,
vícios e depressão – de uma forma natural, como coisas que acontecem no
dia-a-dia e que podem acontecer com qualquer um.
Além disso é um texto escrito por um jovem adulto (o
Vinícius tem 21 anos) para os jovens adultos (os personagens têm entre 17 e 20
e poucos anos) e, acredito eu, passa uma mensagem de que se você tem um
problema, procure ajuda – com os amigos, família ou profissional, porque os
momentos ruins existem na vida, mas também há os momentos bons que valem muito
mais a pena serem lembrados. Foi isso que mais eu absorvi no livro.
E como defensora de que as pessoas com depressão, síndrome
do pânico e todo esse universo de distúrbios devem assumi-los e trata-los –
pois eles têm tratamento que permitem uma vida normalíssima –, eu gostei muito
de ver um protagonista que logo de cara diz “eu entrei em um buraco profundo de
depressão por causa de uma coisa barra pesada e procurei ajuda e estou me
tratando” (não é assim que o Garoto fala, mas é uma boa interpretação do que
ele fala).
O livro trata também da importância que o apoio da família e
dos amigos têm quando a gente está passando por uma fase ruim. (Uma
coincidência é que no grupo das Gêmeas – aquele grupo de amigas que falo de vez
em quando aqui que escolheu livro para eu ler e tal – estamos todas enfrentando
alguns problemas esse mês de agosto e todas chegamos a essa conclusão: que as
coisas ruins acontecem e derrubam a gente por um tempo, mas a gente tem que
lutar e ter fé, pois coisas boas virão e elas valerão muito a pena.)
De bônus o Garoto cita várias músicas que marcaram momentos e
alguns livros que ele lê durante esse período e com os quais se identifica. Pequeno detalhe que
eu não conhecia praticamente nenhuma música e não li nenhum dos livros, mas não
afetou a leitura.
Nota: 4,3/5.
P.S.: Obrigada, Faro Editorial, por ter cedido exemplares
para resenha e sorteio. (O sorteio entra no ar no sábado.)
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