#359: A Linguagem das Flores – Vanessa Diffenbaugh

, em segunda-feira, 16 de maio de 2016 ,
Editora: Arqueiro
Páginas: 304
Ano: 2015

Sinopse (Skoob):
Victoria Jones sempre foi uma menina arredia, temperamental e carrancuda. Por causa de sua personalidade difícil, passou a vida sendo jogada de um abrigo para outro, de uma família para outra, até ser considerada inapta para adoção. Ainda criança, se apaixonou pelas flores e por suas mensagens secretas. Quem lhe ensinou tudo sobre o assunto foi Elizabeth, uma de suas mães adotivas, a única que a menina amou e com quem quis ficar... até pôr tudo a perder. Agora, aos 18 anos e emancipada, ela não tem para onde ir nem com quem contar. Sozinha, passa as noites numa praça pública, onde cultiva um pequeno jardim particular. Quando uma florista local lhe dá um emprego e descobre seu talento, a vida de Victoria parece prestes a entrar nos eixos. Mas então ela conhece um misterioso vendedor do mercado de flores e esse encontro a obriga a enfrentar os fantasmas que a assombram. Em seu livro de estreia, Vanessa Diffenbaugh cria uma heroína intensa e inesquecível. Misturando passado e presente num intricado quebra-cabeça, A linguagem das flores é essencialmente uma história de amor – entre mãe e filha, entre homem e mulher e, sobretudo, de amor-próprio. 


Victoria Jones passou toda a sua vida no sistema adotivo. Até os 10 anos de idade ela trocou de lares mais de 30 vezes e foi só ao chegar à casa de Elizabeth Anderson que Victoria descobriu um lugar onde queria ficar. Porém algo aconteceu e ela foi devolvida para a assistente social responsável por seu caso, Meredith.
Assim, Victoria perdeu todas as chances de encontrar um lar definitivo e passou a morar em abrigos femininos até completar 18 anos. Ela continuou trocando de lugar sempre que arranjava confusão com as colegas de abrigo. Meredith tentou lhe dar conselhos, porém a jovem não a ouvia e apenas fazia o que queria.
No dia de seu aniversário de 18 anos, Meredith a busca no abrigo pela última vez e a leva para uma casa que aluga quartos para jovens na situação de Victoria e diz que ela precisa de um emprego e que não pode mais ajuda-la.
Victoria fica por algumas semanas na casa, porém não procura emprego e passa todo o tempo explorando a cidade e recolhendo flores, criando um jardim em seu quarto, que ele transfere para uma praça calma quando se aproxima a data de sair da casa. E ela faz isso, pois tudo que importa para ela são as flores.
Quando morou com Elizabeth, Victoria aprendeu o significado das flores e que elas serviam para se comunicar e, sempre tendo dificuldades de expor seus sentimentos, a jovem adotou a Linguagem das Flores para si.
Depois de se mudar para a praça e passar por um susto, já tendo observando uma floricultura próxima, Victoria vai até lá e ajuda a dona com algumas coisas, conseguindo um emprego. Sua vida parece que começará a entrar nos eixos e ela conhece um interessante vendedor no mercado de flores, porém situações acontecem que fazem Victoria encarar difíceis decisões e traumas do passado. Como ela lidará com isso é uma incógnita.

Culpa, problemas de abandono, isolamento social, coração fechado para o mundo. Tudo isso vemos em Victoria. Ela guarda muitos traumas da vida no sistema e sabe que boa parte deles veio de sua própria conduta e escolhas diante das circunstâncias em que cresceu.
Eu vivenciei várias emoções durante a leitura e, mais do que tudo, torci para que Victoria tivesse o seu final feliz. Mas, fora a torcida, passei boa parte do tempo angustiada e ansiosa com o que vinha a seguir e com o que tinha acontecido na infância dela que a levou àquele momento.
Acima de tudo A Linguagem das Flores é um livro sobre amor. A si mesmo, ao próximo, à família – de sangue ou não, amor romântico e amizade. Também é sobre mudar sua própria vida; sobre aceitar que coisas ruins acontecem, mas que não são só o que acontece e que podem levar a coisas boas. E sobre perdão.
Enfim, é um livro lindo! Por favor, leiam!

Nota: 5/5.


P.S.: Pesquisando a autora para saber se ela já tinha outro livro – Linguagem foi sua obra de estreia (e que estreia!) – descobri que ela lançou Never Asked for Wings ano passado, porém não sei se alguma editora já comprou os direitos para lança-lo aqui (espero que sim!), mas já quero!

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