Sabe aquelas coisas que vez ou outra você pensa em fazer, mas nunca é um plano realmente definido e a vontade passa, aí depois de um tempo volta, daí passa de novo até que ou você desiste de vez ou vai lá e faz?
Eu era assim com relação a fazer mais furos nas minhas orelhas.
Sempre achei legal quem tinha mais de um furo, mas por muito tempo não realmente quis ter também. Depois eu até queria, mas faltava coragem para fazer, porque né, aqui dei medrosa! Aí de uns tempos para cá comecei a pensar mais e mais em fazer.
No fim do mês passado eu resolvi mesmo fazer e dei uma pesquisada na internet sobre o assunto. Então perguntei sobre cuidados e tal para algumas amigas que já têm vários furos.
Decidida a fazer, fui atrás de locais e preços, porque algumas farmácias fazem (eu acho), mas os posts que li todos indicaram fazer com profissional que não usasse pistola por alguns fatores: higiene - a pistola usada em farmácia é de plástico, ou seja, não tem como aquecer para higienizar corretamente; tem mais facilidade de o furo sair no lugar errado; é mais demorado para cicatrizar. O único ponto positivo é que aparentemente é o meio mais barato de fazer sem que você mesmo faça com uma agulha de costura igual a gente vê em filmes adolescentes.
Assim sendo, descartei logo as farmácias e procurei estúdios de tatuagem e piercing.
Ok, eu só pesquisei mesmo em dois aqui de Teresina, ambos bem falados por pessoas que conheço, por terem bons profissionais e serem locais higiênicos. Então vou falar deles.
Ok, eu só pesquisei mesmo em dois aqui de Teresina, ambos bem falados por pessoas que conheço, por terem bons profissionais e serem locais higiênicos. Então vou falar deles.
Antes de perguntar preço, analisei os perfis no Instagram e vi algumas aplicações. A maioria não era onde eu queria (muitos vídeos de piercings sendo feitos no nariz e na parte superior da orelha, quase nada de segundo furo), mas deu pra observar o serviço.
Ambos os estúdios fazem o piercing com agulha esterilizada e os profissionais usam luvas e outros paramentos de higiene.
Meu ponto final na decisão foi o valor mesmo, escolhi o que fazia a aplicação e disponibilizava os brincos pelo menor preço. Não me arrependi.
Atenção aqui, os dois aceitavam que eu levasse meu próprio par de brincos, desde que fosse de ouro 18k, aço cirúrgico ou titânio, que são os mais indicados para o pós perfuração e período de cicatrização. O mais caro dava desconto se eu levasse, aí ficava o preço do mais barato disponibilizando os brincos, aí preferi o com os brincos para usar um par de material que certamente é o correto. (Vai que eu levava um dos meus pares de ouro achando que é 18k e no fim não fosse...)
Atenção aqui, os dois aceitavam que eu levasse meu próprio par de brincos, desde que fosse de ouro 18k, aço cirúrgico ou titânio, que são os mais indicados para o pós perfuração e período de cicatrização. O mais caro dava desconto se eu levasse, aí ficava o preço do mais barato disponibilizando os brincos, aí preferi o com os brincos para usar um par de material que certamente é o correto. (Vai que eu levava um dos meus pares de ouro achando que é 18k e no fim não fosse...)
Assim, dia 10, sábado retrasado, pedi o brother para ir comigo, porque como já disse: "oi, eu sou medrosa" e fomos no estúdio, que é até bem pertinho da minha casa (mais um ponto positivo).
Eu estava falando com a profissional que ia me atender pelo Instagram enquanto ia para lá, escolhendo os brincos, então quando cheguei ela já tinha posto o par para esterilizar também. Rapidamente ela ajeitou tudo que precisava e o processo foi tão rápido que eu percebi que fiquei super nervosa totalmente a toa.
Primeiro ela vestiu uma bata, máscara e luvas cirúrgicas (eu não lembro se ela botou touca, nem meu irmão observou isso, mas ela geralmente usa) e foi conversando comigo.
Ela limpou meus lóbulos - fiz o segundo furo ou furo superior, como queira chamar -, marcou os pontos dos furos com um pincel, injetou uma anestesia local e fez os furos. Quando eu percebi ela já estava pondo os brincos e encerrando o atendimento. Eu não cronometrei, mas não levou 15 minutos.
Aí ela me indicou dois daqueles sprays antissépticos e disse para eu comprar um e aplicar todo dia, três vezes, para manter os furos limpos e evitar inflamação. Além disso, a cicatrização leva pelo menos 30 dias para acontecer, e são 60 para poder trocar os brincos sem preocupação. E tem que rodar os brincos para que eles não colem na pele - sempre lavando bem as mãos antes de fazer isso.
Estou fazendo tudo certinho e minhas orelhinhas vão muito bem.
Agora deixa eu explicar a parte da paranoia.
Quem me segue no meu Twitter pessoal acompanhou tudo em primeira mão, desde os surtos nervosos pré piercing, até as pequenas crises dos primeiros dias.
Começa que antes eu dei uma leve enrolada para marcar porque estava nervosinha. No dia mesmo eu estava meio pilhada, mas acho que disfarcei bem. Aí depois dos furos - que eu basicamente só senti a agulhada da anestesia, realmente não dói nada - foi só felicidade por um tempo.
Ah! Antes de ir amarrei bem meu cabelo, para deixar fora do caminho. Ainda bem que ele já cresceu o suficiente para eu fazer um rabinho de cavalo charmoso. Kkk
E a paranoia começou aí.
Me programei para fazer os furos quando pudesse passar pelo menos uns dois dias sem ter que lavar os cabelos (apesar que os meus são oleosos e quase desesperadamente precisam ser lavados dia sim, dia não), então fim de semana sem compromissos deu super certo.
Desde que furei, os cabelos passam o tempo praticamente todo preso. Até nas duas primeiras noites, eles dormiram amarrados (acordaram soltos, porque né, ainda estão relativamente curtos). Só deixei soltos para secar depois que lavei e estava "seca logo! Seca logo!". Doida. Kkk
Mas veja bem, teve uma crise logo no primeiro dia. Um fio quase enganchou no brinco direito e eu tive que soltar com bem cuidado. Daí eu realmente mantive eles bem presos. kkk
Outro momento de crise foi a primeira noite. Eu só durmo de lado, atracada a um travesseiro com a orelha bem enfiada nele, ou seja, não ia dar certo isso.
Então eu tive que adaptar minha posição pondo a mão apoiando a orelha ao redor do furo para o brinco não ser imprensado. Daí quando ia me virar ou mudar de posição terminava despertando um pouco.
Mas a tática foi rapidamente desenvolvida com sucesso e na noite seguinte já foi bem mais tranquilo e agora estou dormindo super de boas. Ontem até testei rapidamente encostar a orelha direto, mas ainda não me senti confortável, então sigo com a posição adaptada.
Isso tudo é meu lado paranoico, com certeza. Aposto que tem gente que enfia a orelha no travesseiro e dorme e pronto. Rsrs
Mais paranoia tem relação com roupas. Estou evitando minhas roupas que são mais difíceis de vestir e tirar. Tipo as que geralmente puxam minhas orelhas. Nada de vestir elas no momento. Não tem necessidade de eu arriscar bater nas pobres das orelhinhas sem necessidade.
E digo isso com a certeza de que vai doer se acontecer, porque toda vez que eu vou girar os brincos e faço o movimento um pouco mais brusco, fica aquele incômodo residual por um tempinho.
Por falar em incômodo eu cheguei a achar que ia ter que desistir do furo direito.
A orelha esquerda, desde o início, nem parece que furei. Não tive nenhum incômodo nela.
Já a direita ficou meio revoltada. Eu e o brother achamos que o furo ficou perto de algum nervinho, então tinha horas que eu sentia o furo pulsar. Até folguei um pouco a tarraxa e melhorou depois disso.
Mas aí segunda, depois que eu lavei o cabelo (com bem cuidado para não deixar shampoo e condicionador escorrerem muito nas orelhas - vai que ardia, né...) as duas deram uma irritada, e olha que assim que secaram eu botei o remédio. A esquerda se recuperou logo, só que a direita chegou até a ficar levemente avermelhada e estava claramente inchadinha. Nada alarmante, mas bem diferente da esquerda.
Eu tive paciência e esperei antes de entrar em pânico de verdade e sair perguntando a Deus e o mundo o que fazer e lá pela quinta-feira ela começou a melhorar visivelmente. Foi diminuindo o leve rubor e desinchando. No sábado, uma semana depois de furar, já estava com o aspecto normalzinho.
E agora é nesse estágio que eu estou: elas estão normais, não incomoda mais praticamente nada quando eu mexo nos brincos, só se eu for meio violenta sem querer, já até diminuí a aplicação do spray. Tenho ficado de cabelo solto mais tempo. Mas sigo evitando roupas que passam arrancando as orelhas. E fiz um leve teste de dormir como eu gosto, mas ainda achei um tanto tenso, porque eu esfrego a cabeça no travesseiro, então pode repuxar o brinco, daí sigo com o jeito adaptado.
Eu até queria mostrar a saga narrada no Twitter, mas não fiz thread, foram tweets soltos e tem muitos comentários de outros assuntos no meio, então deixa para lá. Kkk
O post ficou maior do que eu previa! /o\ Mas espero que vocês tenham gostado. E se alguém de Teresina quiser o nome do local onde fiz, é só perguntar. ;)
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P.S.: Lembrem de responder a PESQUISA se ainda não o fizeram!
Eu tive paciência e esperei antes de entrar em pânico de verdade e sair perguntando a Deus e o mundo o que fazer e lá pela quinta-feira ela começou a melhorar visivelmente. Foi diminuindo o leve rubor e desinchando. No sábado, uma semana depois de furar, já estava com o aspecto normalzinho.
E agora é nesse estágio que eu estou: elas estão normais, não incomoda mais praticamente nada quando eu mexo nos brincos, só se eu for meio violenta sem querer, já até diminuí a aplicação do spray. Tenho ficado de cabelo solto mais tempo. Mas sigo evitando roupas que passam arrancando as orelhas. E fiz um leve teste de dormir como eu gosto, mas ainda achei um tanto tenso, porque eu esfrego a cabeça no travesseiro, então pode repuxar o brinco, daí sigo com o jeito adaptado.
Eu até queria mostrar a saga narrada no Twitter, mas não fiz thread, foram tweets soltos e tem muitos comentários de outros assuntos no meio, então deixa para lá. Kkk
O post ficou maior do que eu previa! /o\ Mas espero que vocês tenham gostado. E se alguém de Teresina quiser o nome do local onde fiz, é só perguntar. ;)
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