Miloquices: #450: Amor Plus Size

Editora: Verus

Páginas: 280

Ano: 2016

Sinopse (Skoob):

Maitê Passos é uma garota linda, de dezessete anos e mais de cem quilos. Ela passou a infância e a adolescência sendo resumida ao peso. Mas e quando é justamente esse o fator que pode mudar completamente a sua vida?
Em meio ao turbilhão do ensino médio, com uma mãe obcecada por dietas, um crush antigo por Alexandre, o cara mais gato da escola, e uma amizade deliciosa com Isaac, fotógrafo amador, Maitê vai descobrir que não precisa ser igual a todas as outras meninas para ser feliz.
Neste romance corajoso e cheio de reviravoltas, Larissa Siriani narra a história de uma jovem descobrindo seu lugar no mundo, construindo uma jornada incrível de autoconhecimento, aceitação e empoderamento.

“Eu só queria que, para variar, ela me colocasse para cima, me fizesse sentir bem em vez de um enorme desperdício de gordura. Queria que ela não cobrisse cada elogio com cinco críticas, seguidas de seus conselhos sabichões. Queria que ela fosse mais mãe e menos carrasca. O problema não estava no que ela achava, mas na maneira como dizia isso. Precisava mesmo ser tão cruel?” (aproximadamente na pág. 61)

“Então deixa pra lá. Bota um sorriso nesse rosto que você fica muito mais bonita quando tá feliz. :)" (Alexandre - aproximadamente na pág. 61)

“Você não precisa disso, Mai. Não precisou até agora. Ele não perguntou se você estava de dieta antes de convidar você pra festa, né?” ... “Mas, se quiser andar de bicicleta, tudo bem, a gente vai – ele continuou, afastando o cabelo do meu rosto com tanta delicadeza que fui envolvida por um arrepio involuntário. - E, se quiser que a gente só coma salada no almoço, tudo bem. Eu dou salada para você e como lasanha. Eu trago um caminhão de alfafa se você quiser. - Eu ri, e senti a voz dele mudar, ficar mais animada. - Um quilo de tofu. Tá legal? Só não faça isso pelos motivos errados.” (Isaac - aproximadamente na pág. 84)

"'Eu olho pra você, Mai. O Marcelo olhou pra você. Só falta você olhar pra si mesma. Aquilo me acertou como um tapa bem no meio da cara.’ Mas, ao mesmo tempo, não estava ofendida. Isaac me dissera exatamente o que eu precisava ouvir para botar minha mania de autossabotagem um pouco de lado e pensar nas coisas sob outro ponto de vista.” (aproximadamente na pág. 134)

“E esse “perfeito” de fato existia? Depois do que me pareceram horas de pensamento incessante em meu quarto, comecei a me questionar quanto a isso também. Qual era a graça de ser magra feito uma tábua de passar? Que alegria existia em se privar daquilo que você gosta só para ter um maldito corpo “perfeito”? Quem foi que tinha enfiado na minha cabeça que o certo era ser magra, que ser gordinha não podia ser bonito?” (aproximadamente na pág. 134)

“Por que eu não podia aceitar que mais alguém visse isso? Por que eu julgava tão impossível que outra pessoa enxergasse aquilo que parecia tão claro? E por que, meu Deus, por que eu mesma insistia em me convencer de que eu estava errada, de que jamais poderia ser bonita?” (aproximadamente na pág. 134)

“- Acho que você tem maturidade suficiente para decidir o que vai fazer da vida, e não sou eu quem vai te impredir - mamãe declarou, fazendo um montinho delicado de arroz sobre o garfo. - Mas pense bem no que você quer para o seu futuro, filha. Se for isso que se imaginar fazendo daqui a cinco, dez anos, então estamos com você.” (aproximadamente na pág. 140)

“Acredite em si mesma, mesmo quando ninguém mais acreditar em você - falo, absorvendo a verdade naquelas palavras conforme elas saem. - E corra atrás do que quiser, mesmo que pareça loucura. Nem todos os dias serão fáceis, mas no fim semrpe vale a pena.” (Epílogo)

Eu poderia escrever como usualmente faço e resumir a história antes de comentar, mas vou deixar os quotes falarem por si. (As páginas estão indicadas em aproximação porque li o e-book no Kindle, que conta a leitura por porcentagem e não páginas.)

Como vocês podem ver, o livro é narrado em primeira pessoa, ou seja, acompanhamos tudo pela visão da Maitê, que é uma típica adolescente no seu último ano de Ensino Médio, enfrentando problemas na escola, em casa e consigo mesma. Porque ela está acima do peso. Entre se aceitar, ser aceita pela mãe e parar de se importar tanto com a opinião dos colegas, Mai passa por muita coisa, aprende muito e transmite o que aprendeu através da narrativa.

Muitas das lições que ela tirou do que sofreu servem para todo mundo, mesmo que o seu problema seja diferente do dela, porque o mais importante é o que está no último quote: “acredite em si mesma” e aqui eu escolho mudar para “aprenda a amar a si mesmo”. É fácil? De jeito nenhum, mas precisamos tentar, nos esforçar constantemente, um dia de cada vez.

No caso da Mai, ela conta com o apoio de seu pai, seu irmãozinho Lucca – um fofo! –, de Isaac – seu melhor amigo da vida toda – e de Valentina e Josiane – suas amigas da escola. A mãe de Mai é um problema para ela, pois elas brigam corriqueiramente, mas sua verdadeira nêmesis é Maria Eduarda, colega de turma que faz bullying com Maitê há anos.

É muito, muito legal acompanhar a Mai enfrentando seus problemas, se descobrindo, percebendo como ela pode mudar para fazer a si mesma mais feliz e como isso faz ela se abrir para novas pessoas e novas experiências.

Como Amor Plus Size é voltado para o público juvenil, podem esperar por dilemas amorosos, cenas de ciúmes, frustração e realização, mas nada está exagerado e tudo contribuí para a Maitê chegar onde ela precisa chegar.

Eu acredito que muita gente pode se identificar com a Mai e aprender com ela, por isso, leiam!

Nota: 5/5 - favorito.

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