Editora: Gaivota
Páginas: 256
Ano: 2012
Sinopse (Skoob):
Se o herói desta inquietante narrativa é ou
não o mesmo Batman das histórias em quadrinhos, este é o grande desafio para o
leitor. Será que o conhecido Cavaleiro das Trevas se mudou para o centro de São
Paulo e, por razões íntimas, não pretende retornar a Gotham City? Neste livro
ele revela a sua máscara mais humana e vive uma aguda crise existencial: ser ou
não ser herói. Pode ser ele o assassino de Abigail Aparecida Chaud ou qualquer
um dos outros personagens que são flagrados por uma luneta cruel e formam um
painel, vivendo na atmosfera agitada e penumbrosa de uma metrópole igualmente
cruel. Jovens curiosos, velhos solitários, pessoas desvalidas, seres
entusiasmados e tantos outros, todos eles são suspeitos do crime e vítimas da
existência pelo simples fato de existir. Quem narra é igualmente suspeito
porque se esconde numa “teia” dos mais diversos meios de comunicação: cartas,
diário, telefonemas, telegramas, internet, gravações, notícias de jornal, de
rádio, de televisão e até uma ata de condômino. E o leitor não fica imune a
esta trama tão estranha e tão familiar – é convidado e convocado a entrar na
história e agir.
Uma mulher caiu – ou foi jogada – do 13º andar de um prédio
na Consolação, em São Paulo. Um super-herói está disposto a resolver o crime,
se é que foi mesmo um crime. Agora será ele o Batman de verdade? E onde está o
Robin?
Todos os moradores do prédio são suspeitos, já que a maioria
deles não gostava da vítima. Além disso, eles são cheios de particularidades. Tem
uma cantora cega, casada com um dançarino surdo. O velho que tem uma gata que
mais parece gente. O zelador que vive deixando a mulher de plantão na portaria
enquanto some por aí. O halterofilista que sofre blecautes de memória e outros.
Batman, ou o Cidadão Tristeza – como foi apelidado, ronda a
cidade em busca do possível assassino de Abigail e de Robin. Além disso, ele
parece estar tendo uma crise de identidade: em alguns momentos se pergunta se
deve mesmo pegar o criminoso, em outros não sai do quarto de hotel onde está
por um tempo e coisas assim.
O super-herói cultiva amigos e inimigos, pois suas atitudes
bipolares assustam muita gente na cidade, enquanto outros só defendem que ele
está fazendo o que sempre fez.
Na Teia do Morcego
em uma palavra: diferente.
A narrativa em formato diferenciado e o encaixe de um
personagem de quadrinhos no mundo real, cercado de pessoas normais deixa a obra
bem interessante e curiosa.
Há um mistério, há personagens meio doidos e até engraçados,
há drama e há um pouco de comédia.
Nem sei muito o que falar, pois ler Na Teia do Morcego é
mais uma experiência do que uma narrativa comum.
Deem uma olhada no vídeo que fiz mostrando um pouco o livro:
Nota: 4/5.
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