Editora: Valentina
Páginas: 224
Ano: 2013
Sinopse (Skoob):
No mundo de Caitlin tudo é preto ou branco.
As coisas são boas ou más. Qualquer coisa no meio do caminho é confuso. Essa é
a máxima que o irmão mais velho de Caitlin sempre repetiu. Mas agora Devon está
morto e o pai não está ajudando em nada. Caitlin quer acabar com isso, mas como
uma menina de onze anos de idade, com síndrome de Asperger ela não sabe como.
Quando ela lê a definição de encerramento ela percebe que é o que ela precisa.
Em sua busca por ele, Caitlin descobre que nem tudo é preto ou branco, o mundo
está cheio de cores, confuso e bonito.
Como é a vida pelos
olhos de uma criança com Síndrome de Asperger? Seu relacionamento com outras
pessoas, como ela entende as coisas e como ela lida com o luto? São essas
perguntas que Kathryn Erskine tenta responder em Passarinha. E, a meu ver, ela fez um ótimo trabalho.
Lidar com a perda de
alguém muito querido não é fácil para ninguém, imaginem então para uma criança
que enxerga o mundo de forma muito literal e específica que perde aquele que a
ajudava a enxergar as entrelinhas.
Caitlin tem Asperger, um
tipo de autismo, e entende tudo ao pé da letra, além de ter dificuldade em
entender as expressões faciais dos outros. Na verdade, emoções a intimidam. Quem
muito a ajudava a entender o mundo era seu irmão Devon, mas ele morreu numa
tragédia na escola, em que um colega atirou a esmo, e agora ela está sozinha
com o pai que também está sofrendo muito.
“Que tal se
nós todos nos reuníssemos?
Para que?
Para
sabermos em que pé você está.
Olho para meus pés plantados lado a lado no chão
da sala. Eu estou em cima dos dois pés ao
mesmo tempo.
Desculpe.
Eu quis dizer para sabermos como você está se sentindo.”
(P. 16)
Um grande
companheiro de Caitlin é seu dicionário, no qual ela procura o sentido de
muitas coisas e é depois de uma conversa com a Sra. Brook – a conselheira da
escola – que a garotinha acha a palavra “desfecho”, então ela começa a procurar
por ele para ajudar o pai.
Nesse meio tempo, a
Sra. Brook insiste que Caitlin precisa fazer amigos, apesar da menina não
querer. Caitlin acha muito complicado se relacionar com os outros, pois ela não
compreende o sentido de “se pôr no lugar do outro”, sua inabilidade de processar
emoções dificulta exercer empatia, mas ela vai trabalhar nisso também.
O que me chamou a
atenção quando soube do lançamento de Passarinha
– além da capa caprichada – foi o tema. Acho muito interessante entender melhor
o mundo das pessoas especiais, diferentes.
Eu não conheço
ninguém com Asperger – até onde sei –, mas já estudei com um autista e, mesmo
não conhecendo a síndrome e o melhor jeito de lidar com ela, eu me relacionava
com ele como com qualquer outro colega e não entendo porque todos não podem ser
assim. (Sinceramente não sei o que dói em pesquisar um pouco e tentar ajudar as
pessoas ao invés de olhar e julgar e fazer cara feia. ¬¬)
O que mais gostei
no livro foi a sensibilidade da escrita. A narrativa é em primeira pessoa e é
de uma simplicidade e honestidade que envolve e emociona. O leitor, literalmente,
se coloca no lugar de Caitlin para entender o que ela está passando.
Não sei se me fiz
entender, mas é complicado explicar esse livro sem contar os pormenores da
história. É doce, é fofo e lindo e eu indico demais.
Nota: 5/5.
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