#220: A Corrida de Escorpião – Maggie Stiefvater

, em sexta-feira, 24 de janeiro de 2014 ,
Editora: Verus
Páginas: 378
Ano: 2012

Sinopse (Skoob):
Na pequena ilha de Thisby, poucos cavaleiros são bravos o suficiente para competir na corrida de escorpião que acontece a cada novembro. Pela primeira vez uma mulher, a jovem Puck Connolly, vai competir. Ela tem dois irmãos e ficou órfã depois que os pais foram devorados pelos cavalos assassinos. Por isso, ela está determinada não só a competir como ganhar a corrida. Para isso, Puck terá que enfrentar outro jovem corajoso e encantador. Sean Kendrick também perdeu o pai, atropelado pelas sanguinárias criaturas.
Apesar de terríveis, os cavalos do mar são uma grande atração turística. O turismo é a principal fonte de renda dos habitantes de Thisby. A ilha é um lugar fascinante e, ao mesmo tempo que atrai, também amedronta. A descrição que Maggie faz dos desfiladeiros do local é carregada de poesia. Com a narrativa alternando entre o ponto de vista de Sean e de Puck, a autora criou uma trama envolvente, classificada por críticos do New York Times e do Los Angeles Times como inovadora.
Em A corrida de escorpião, Maggie Stiefvater nos leva até o limite, em que o amor e a vida encontram seus maiores obstáculos e apenas os fortes de coração podem sobreviver. Uma leitura inesquecível.
A obra teve os direitos vendidos para o cinema e recebeu críticas excelentes, sendo eleito um dos melhores livros de 2011 pelos seguintes veículos especializados: New York Times, Publishers Weekly, School Library Journal, The Horn Book e Kirkus Reviews, além de ganhar o prêmio Michael L. Printz, concedido anualmente pela Associação Americana de Bibliotecas ao melhor livro juvenil.


Kate Conolly, também conhecida por Puck, mora em Thisby, uma ilha isolada do continente que em outubro e novembro – principalmente – é atacada pelos cavalos d’água ou cappail uisce, cavalos selvagens vindos do mar em dias e noites de tempestade.
Esses animais são praticamente indomáveis e sempre atraídos pelo mar, mas isso não impede os ilhéus de organizarem uma corrida em que os cavaleiros capturam, treinam e correm nesses cavalos. A corrida é mortal para vários dos concorrentes.
Puck é ainda uma adolescente, mas perdeu seus pais à algum tempo e sobrevive em uma cabana afastada da cidade com seus irmãos Gabe e Finn. Gabe, o mais velho, declara, pouco antes da temporada da corrida, que deixará a ilha e irá para o continente sozinho. Kate fica com muita raiva e não entende como o irmão pode abandoná-la e ao mais novo assim e não sabe como fará para sustentar a si e a Finn.
No desespero do momento e não vendo outra alternativa, ela resolve participar da Corrida de Escorpião com a égua que antes fora de sua mãe, Dove. O animal de Puck não é um cavalo d’água, mas isso não impede a jovem de ter esperança de ganhar a corrida se treinar muito.
Em outro ponto da ilha, no Haras Malvern – o mais famoso da região em criação de cavalos de competição e cavalos d’água –, vive Sean Kendrick, o vencedor da Corrida de Escorpião pelos últimos quatro anos. Ele compete sempre em Corr, capall uisce que pegou com seu pai e que treinou com afinco por seis anos. Seu desejo é comprar o cavalo d’água de Benjamin Malvern, dono do haras e seu chefe.
Puck e Sean não se conhecem, mas ambos correrão pelo dinheiro – ou será por algo mais? – e só um poderá ganhar.

Ganhei esse livro em um sorteio da editora em janeiro de 2013 e gostei, pois tinha visto bons comentários sobre ele não lembro onde, mas demorei a ler pois parecia nunca surgir o momento. Agora que terminei, gostei bastante do livro.
No começo, não consegui me prender à leitura, pois havia muita explicação dos costumes de Thisby e pouca ação – a minha expectativa com a sinopse e os comentários é que o livro seria bem mais cheio de ação –, mas à medida que Puck e Sean se conheceram e as coisas começaram mesmo a acontecer, fui gostando mais e mais da leitura.
Gosto muito dos protagonistas, que apesar de adolescentes são muito maduros por causa de seu modo de vida – dá até para esquecer quão jovens eles são –, mas me apeguei mais a Finn, o irmão caçula de Puck, que é inocente e muito inteligente.
Em vários momentos quis sacudir e estapear Gabe por estar abandonando a família, mas acho que ele se redimiu um pouco aos meus olhos próximo do fim. E por falar em momentos finais da narrativa, fiquei tocada e emocionada em alguns momentos.
Indico para quem gosta de lendas recontadas e livros fantásticos.

Nota: 4,3/5.

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