Editora: Verus
Páginas: 378
Ano: 2012
Sinopse (Skoob):
Na pequena ilha de Thisby, poucos
cavaleiros são bravos o suficiente para competir na corrida de escorpião que
acontece a cada novembro. Pela primeira vez uma mulher, a jovem Puck Connolly,
vai competir. Ela tem dois irmãos e ficou órfã depois que os pais foram
devorados pelos cavalos assassinos. Por isso, ela está determinada não só a
competir como ganhar a corrida. Para isso, Puck terá que enfrentar outro jovem
corajoso e encantador. Sean Kendrick também perdeu o pai, atropelado pelas
sanguinárias criaturas.
Apesar de terríveis, os cavalos do mar são
uma grande atração turística. O turismo é a principal fonte de renda dos
habitantes de Thisby. A ilha é um lugar fascinante e, ao mesmo tempo que atrai,
também amedronta. A descrição que Maggie faz dos desfiladeiros do local é carregada
de poesia. Com a narrativa alternando entre o ponto de vista de Sean e de Puck,
a autora criou uma trama envolvente, classificada por críticos do New York
Times e do Los Angeles Times como inovadora.
Em A corrida de escorpião, Maggie
Stiefvater nos leva até o limite, em que o amor e a vida encontram seus maiores
obstáculos e apenas os fortes de coração podem sobreviver. Uma leitura
inesquecível.
A obra teve os direitos vendidos para o
cinema e recebeu críticas excelentes, sendo eleito um dos melhores livros de
2011 pelos seguintes veículos especializados: New York Times, Publishers
Weekly, School Library Journal, The Horn Book e Kirkus Reviews, além de ganhar
o prêmio Michael L. Printz, concedido anualmente pela Associação Americana de
Bibliotecas ao melhor livro juvenil.
Kate Conolly, também conhecida por Puck, mora em Thisby, uma
ilha isolada do continente que em outubro e novembro – principalmente – é
atacada pelos cavalos d’água ou cappail
uisce, cavalos selvagens vindos do mar em dias e noites de tempestade.
Esses animais são praticamente indomáveis e sempre atraídos
pelo mar, mas isso não impede os ilhéus de organizarem uma corrida em que os
cavaleiros capturam, treinam e correm nesses cavalos. A corrida é mortal para
vários dos concorrentes.
Puck é ainda uma adolescente, mas perdeu seus pais à algum
tempo e sobrevive em uma cabana afastada da cidade com seus irmãos Gabe e Finn.
Gabe, o mais velho, declara, pouco antes da temporada da corrida, que deixará a
ilha e irá para o continente sozinho. Kate fica com muita raiva e não entende
como o irmão pode abandoná-la e ao mais novo assim e não sabe como fará para
sustentar a si e a Finn.
No desespero do momento e não vendo outra alternativa, ela
resolve participar da Corrida de
Escorpião com a égua que antes fora de sua mãe, Dove. O animal de Puck não
é um cavalo d’água, mas isso não impede a jovem de ter esperança de ganhar a
corrida se treinar muito.
Em outro ponto da ilha, no Haras Malvern – o mais famoso da
região em criação de cavalos de competição e cavalos d’água –, vive Sean
Kendrick, o vencedor da Corrida de
Escorpião pelos últimos quatro anos. Ele compete sempre em Corr, capall uisce que pegou com seu pai e que
treinou com afinco por seis anos. Seu desejo é comprar o cavalo d’água de
Benjamin Malvern, dono do haras e seu chefe.
Puck e Sean não se conhecem, mas ambos correrão pelo
dinheiro – ou será por algo mais? – e só um poderá ganhar.
Ganhei esse livro em um sorteio da editora em janeiro de
2013 e gostei, pois tinha visto bons comentários sobre ele não lembro onde,
mas demorei a ler pois parecia nunca surgir o momento. Agora que terminei,
gostei bastante do livro.
No começo, não consegui me prender à leitura, pois havia
muita explicação dos costumes de Thisby e pouca ação – a minha expectativa com
a sinopse e os comentários é que o livro seria bem mais cheio de ação –, mas à
medida que Puck e Sean se conheceram e as coisas começaram mesmo a acontecer,
fui gostando mais e mais da leitura.
Gosto muito dos protagonistas, que apesar de adolescentes são
muito maduros por causa de seu modo de vida – dá até para esquecer quão jovens
eles são –, mas me apeguei mais a Finn, o irmão caçula de Puck, que é inocente
e muito inteligente.
Em vários momentos quis sacudir e estapear Gabe por estar
abandonando a família, mas acho que ele se redimiu um pouco aos meus olhos
próximo do fim. E por falar em momentos finais da narrativa, fiquei tocada e
emocionada em alguns momentos.
Indico para quem gosta de lendas recontadas e livros
fantásticos.
Nota: 4,3/5.
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