Editora: Qualis
Páginas: 350
Ano: 2016
Sinopse (Skoob):
Rebeca tem algumas regras que
sempre costuma seguir à risca. Ou melhor, quase sempre.
Bem, na verdade, seguir regras não
é exatamente o seu forte.
Com o coração partido por um
trauma do passado, ela vive a vida como se não houvesse amanhã, nunca se
apegando a ninguém e sem se preocupar com seu futuro.
Mas tudo muda quando consegue
estágio de Psicologia em uma grande escola, passando a ser uma espécie de
conselheira para os alunos. Uma grande ironia, uma vez que ela sequer consegue
aconselhar a si mesma. Sua principal paciente, Júlia Nakagawa, é uma
garota-problema que detém o estranho dom de prever o futuro ao tocar nas
pessoas.
Mas não é apenas Júlia que entra
na vida dessa jovem desmiolada. Um grande amor também se faz presente, abalando
suas estruturas e fazendo com que sejam desrespeitados os limites que ela mesma
impôs para si.
Porém, Júlia parece conhecer um
segredo que pode mudar a vida de muitas pessoas, inclusive a de Rebeca. Para
sempre.
Rebeca sempre foi rebelde e desapegada. Vive sua vida como
bem quer e seguindo suas próprias regras, especialmente a de evitar o apego a
qualquer custo. Depois de sofrer muito quando era criança por conta de pessoas
que a abandonaram, ela chegou à conclusão de que era bem melhor não se apegar.
Porém tem uma pessoa que Rebeca não consegue evitar, Laura,
a irmã mais velha da sua ex-melhor-amiga-de-infância. Foi por conta da moça
mais velha que Rebeca, apesar de toda sua displicência, entrou na faculdade de
psicologia. Não que ela frequente as aulas com regularidade, porém ela está
fazendo o curso.
Para fazer com que Rebeca dê um rumo melhor a sua vida,
Laura lhe consegue estágio em uma escola muito bem-conceituada do Rio de
Janeiro. Beca é daquelas que detestam colégios, porém a promessa de um bom
salário a leva até o Santa Agnes e ela termina empregada como estagiária de
psicologia para atender alunos que causam problemas, com foco para um caso
especial: Júlia Nakagawa.
Júlia se mantém isolada dos colegas, só usa roupas escuras –
inclusive casaquinhos o tempo todo, mesmo no calor do Rio – e maquiagem pesada.
Ela e Rebeca não se dão nada bem logo de cara, porém terão que se aturar, pois
Cris – o chefe de Beca – quer que a rebelde se aproxime de Ju para ajudá-la com
seus problemas. O que ele não explica é que Júlia aparentemente tem habilidades
místicas, fato que Rebeca descobre logo e que a deixa incerta do que pensar.
No entanto, quanto ao irmão da garota, Beca sabe exatamente
o que pensar. Lucas é um jovem charmoso e que se importa demais com Júlia, por
isso, ele conversa com Rebeca e pede que ela o ajude a entender melhor a
irmãzinha para cuidar dela. Além disso, os dois se interessam um pelo outro,
porém há muito para acontecer antes de eles se envolverem.
Quem vê a Rebeca logo nas primeiras páginas sendo bruta,
irresponsável e muito rebelde pode até se enganar achando que ela é apenas
isso, mas a personagem é muito mais. Rebeca se importa, sofre e luta por
aqueles com quem se relaciona. Ela não se dá por vencida diante das
adversidades e vai descobrir muito sobre si mesma durante seu estágio no Santa Agnes.
Ela sofreu dois grandes traumas antes dos 15 anos e eles e
suas consequências a transformaram em quem é. Ouso até dizer que a Rebeca se vê
de uma maneira que não é exatamente quem ela é e é durante a história que ela
mesma se redescobre e nós leitores temos a oportunidade de acompanhar sua
evolução.
Prefiro não falar dos demais personagens para deixar que
vocês que se aventurarem a ler Destinos
de Papel descubram quem eles são e qual a importância de cada um na vida da
Rebeca durante a leitura. Vou apenas dizer que Tia Rosa, Júlia e Lucas são
especiais e vão mudar a vida da protagonista, fazendo também vocês refletirem.
DDP aborda
assuntos muito importantes e que ainda são tabu para grande parte das pessoas:
depressão e suicídio.
É preciso nos conscientizar que depressão é uma doença, a
pessoa que sofre dela não quer isso, e o menor gesto de apoio já é uma ajuda
para a pessoa tentar se recuperar. Suicídio é um mal que atinge muita gente,
especialmente os jovens e é preciso preveni-lo. Eu mesma não via com bons olhos
quem tenta o ato, porém ler DDP me
ajudou a refletir mais sobre o assunto e já não vejo os suicidas da mesma forma
que antes. Apesar de ainda ter problemas com isso, não sou mais tão
intolerante.
Fiquei séria de repente, não é? Mas isso é porque a reflexão
que o livro traz é realmente muito importante. Mesmo na seriedade dos temas
abordados, a narrativa não é tão pesada, pois a Rebeca é doida e seu jeito de
agir dá uma leveza à história me fazendo rir nos piores momentos.
Leiam! Leiam mesmo! DDP é MA-RA-VI-LHO-SO!
P.S.: Como eu tinha prometido, fotos de alguns detalhes do livro:
Tsurus por todo lado. |
Inclusive com direito a coraçãozinho. |
E um orgulho imenso por estar nessa página. |
Nota: 5/5 – favoritíssimo!
Outros livros da autora:
Destinos de Papel
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