Editora: Novo Conceito
Páginas: 572
Ano: 2014
Sinopse (Skoob):
Atravessando quatro gerações, A Rosa da Meia-Noite percorre
desde os reluzentes palácios dos marajás da Índia até as imponentes mansões da
Inglaterra, seguindo a trajetória extraordinária de Anahita Chavan, de 1911 até
os dias de hoje. No apogeu do Império Britânico, a pequena Anahita, de 11 anos,
de origem nobre e família humilde, aproxima-se da geniosa Princesa Indira, com
quem estabelece um laço de afeto que nunca mais se romperia. Anahita acompanha
sua amiga em uma viagem à Inglaterra pouco tempo antes da eclosão da Primeira
Guerra Mundial. Ela conhece, então, o jovem Donald Astbury, herdeiro de uma
deslumbrante propriedade, e sua ardilosa mãe. Oitenta anos depois, Rebecca
Bradley é uma jovem atriz norte-americana que tem o mundo a seus pés. Quando a
turbulenta relação com seu namorado, igualmente rico e famoso, toma um rumo
inesperado, ela fica feliz por saber que o seu próximo papel, uma aristocrata
dos anos 1920, irá levá-la para muito longe dos holofotes: a isolada região de
Dartmoor, na Inglaterra. As filmagens começam rapidamente, e a locação é a
agora decadente Astbury Hall. Descendente de Anahita, Ari Malik chega ao País
sem aviso prévio, a fim de mergulhar na história do passado de sua família.
Algo que ele descobre junto com Rebecca começa a trazer à tona segredos
obscuros que assombram a dinastia Astbury.
Anahita Chavan completou 100 anos no ano 2000. Ela teve uma
ótima vida e apenas um arrependimento: não saber o paradeiro de seu primogênito.
Anni sempre acreditou que ele estivesse vivo apesar de um certificado atestar
que ele morreu criança. Por causa de sua crença, ela escreveu tudo de
importante que houve em sua vida numa enorme carta e resolveu que era hora de escolher um de seus descendentes
para ficar com esse legado.
Dentre, uma filha, alguns netos e vários bisnetos, Anni
escolheu Ari Malik, o seu bisneto mais velho. E também o mais distante da
família e dos costumes. Como sua bisavó e todos que descenderam dela, Ari
estudou na Inglaterra e se deixou envolver pelo desejo de satisfação
profissional, de ganhar mais dinheiro e reconhecimento. Assim, ele se tornou um
viciado em trabalho que não tinha tempo para a família ou para pensar em sua
satisfação pessoal.
Depois que Anahita entregou seus escritos ao bisneto, ele
simplesmente os guardou em uma gaveta e esqueceu daqueles papéis. Anni morreu
algum tempo depois e nem assim Ari voltou a pensar na história dela. Em 2010,
depois de uma decepção amorosa, Ari começa a perceber o que fez de sua vida, o
isolamento em que vive por ter se afastado de sua família por tanto tempo,
então ele volta a pensar na bisavó e começa a ler o que ela escreveu e resolve,
enfim, pesquisar sobre sua vida na Inglaterra.
Rebecca Bradley é uma atriz americana no auge da fama, que
viaja para a Inglaterra para gravar um filme ambientado nos anos 1920. Depois de
muita pressão dos paparazzi, Rebecca termina se hospedando na mansão que será a
locação do filme. Astbury Hall, em Dartmoor, é isolada – nem sinal de celular
pega – e rural, além de uma casa linda, apesar de decadente.
Lá Rebecca conhece o solitário lorde Anthony Astbury. Ele é
descendente de Donald Astbury, um jovem que conheceu Anahita Chavan quando
ambos eram bem jovens. O que Rebecca e Anthony não sabem é que Ari está vindo
para remexer nessas sombras do passado.
A Rosa da Meia-Noite
é uma obra densa, que aborda fatos acontecidos há quase um século do momento
presente, mas que sempre pesaram na história da família de Anahita. Há um mistério
que nunca foi resolvido e que sempre foi tema de discussões.
Anni praticamente só aparece no livro por meio de suas
memórias, mas foi – de longe - a
personagem que mais me encantou na obra inteira! Além de que sua parte da
história, todo o tempo na Índia, em que ela fala sobre a cultura e os costumes
do seu povo, e na Inglaterra, onde lemos sobre as aventuras de uma jovem
protegida de uma família abastada, me envolveu completamente. Eram os capítulos
que eu realmente ansiava por ler.
Não é que os personagens do presente não sejam bons, eles
são, mas Anahita toma conta da obra. O melhor sobre Ari e Rebecca é ver o
crescimento pessoal deles, principalmente o referente ao descendente de Anni,
que passa de um homem egoísta e solitário, a alguém que presa sua família e
suas origens.
Lucinda Riley escreve um romance envolvente que mistura
passado e presente em uma linda história de família. É uma ótima dica para quem
gosta de romances dramáticos.
Nota: 4,8/5.
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