Editora: Novo Conceito
Páginas: 176
Ano: 2014
Sinopse (Skoob):
Resolvendo o crime. Uma expressão facial por vez. O ano
letivo de Colin Fischer acabou de começar. Ele tem cartões de memorização com
expressões faciais legendadas, um desconcertante conhecimento sobre genética e
cinema clássico e um caderno surrado e cheio de orelhas, que usa para registrar
suas experiências com a MUITO INTERESSANTE população local. Quando um revólver
dispara na cantina, interrompendo a festinha de aniversário de uma das garotas,
Colin é o único que pode investigar o caso. Está em suas mãos provar que não
foi Wayne Connelly, justamente aquele que mais o atormenta, que trouxe a arma
para a escola. Afinal de contas, a arma estava suja de glacê, e Wayne não
estava com os dedos sujos de glacê…
Colin Fischer é um garoto muito inteligente, que enxerga o
mundo de forma literal e lógica e não gosta de ser tocado. Ele está começando o
colegial e a escola não é nada fácil.
Não é só por ele ser um sabe tudo que ele tem problemas. É porque
ele tem Asperger e os colegas dele não o entendem.
Colin não tem amigos. A pessoa mais próxima dele é Melissa
Greer, que o trata com igualdade, respeita seu espaço e fala com ele
amigavelmente. Os outros alunos ou o ignoram ou zombam e agridem ele. Um dos
principais zombadores é Wayne Connelly.
Durante um almoço ainda na primeira semana de aulas, uma
arma é disparada na cantina e as suspeitas caem todas sobre Wayne. Só que a
arma estava suja com o glacê do bolo de aniversário de Melissa e Colin tem
certeza que Wayne não pode ser quem levou a arma.
A polícia não se empenha muito em achar outro culpado, por
causa do histórico de Wayne, mas aquilo é errado porque vai contra os fatos,
segundo a visão de Colin, então ele resolve provar a inocência do colega e
encontrar o verdadeiro culpado.
Apesar de ser ficção, eu gosto muito de ler livros sobre
Asperger, Autismo e outros transtornos, pois gosto de entender como as pessoas
que sofrem com eles vivem e se portam perante a sociedade, e também sobro como trata-los
caso eu encontre ou passe a conviver com alguém que sofra de algum transtorno.
Colin me
encantou, e aqui me refiro ao personagem e à obra como um todo. O livro é
contado pelo ponto de vista do Colin, então dá para acompanhar as mudanças de
seu pensamento, como ele muda de atenção de um assunto para outro e como ele
encara tudo de forma muito literal e lógica. Fica mais fácil entender que ele
tem sentimentos sim, mas ele sente de forma diferente das pessoas “normais”.
A obra é leve e divertida, assim é mais fácil agradar a públicos
de idades variadas, e o mistério que Colin – um garoto de 14 anos – se propõe a
resolver atrai os mais novos. Apesar de leve, o livro mostra a relação de Colin
com os colegas da escola, com o corpo docente e com seus pais e seu irmão mais
novo, além de abordar questões de ciúme entre irmãos e de como os pais têm que
lidar com um filho que não podem tocar livremente.
Acredito que esse é um daqueles livros que deve ser lido por
todo mundo, e como é pequenininho, é bem rápido de ler.
Nota: 5/5 – favorito!
P.S.: Colin Fischer termina de forma que deixa praticamente
claro que tem continuação, mas não encontrei nenhuma informação sobre um
segundo livro. Se alguém souber de algo nesse sentido, diz aí.
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