Editora: Prumo
Páginas: 418
Ano: 2008
Sinopse (Skoob):
A jovem Paula aventura-se por
entre os cantos proibidos de uma misteriosa cidade e o mundo encantado do outro
Reino. Mas ela poderá suportar os testes de bravura, sabedoria e amor
verdadeiro? Na Istambul do começo do período otomano, época em que essa cidade
era o coração comercial da atual Turquia, Paula vivencia verdadeiras provações
humanas que envolvem os limites da religião muçulmana, o culto secreto à deusa
Cybele e sua irmã desaparecida Tati. Essa expedição a levará a verdadeiros
testes de bravura e confiança.
Contém spoilers do
livro anterior.
Seis anos se passaram desde que Tati, Jena, Iulia, Paula e
Stela visitaram o Outro Reino a partir de sua casa, o castelo Piscul Dracului,
pela última vez. Desde então, Jena e Iulia se casaram e tiveram filhos, nenhuma
delas teve mais notícias de Tati – que ficou no Outro Reino, e Paula passou a
ajudar o pai com os seus negócios.
Comerciante de renome e atraído por objetos raros, Mestre
Teodoro viaja com Paula para Istambul, em busca de um artefato conhecido como
Presente de Cybele. Esse artefato remete a um culto pagão cheio de segredos. E
numa cidade mulçumana como Istambul, é perigoso falar sobre a deusa Cybele
abertamente.
Estudiosa e apaixonada por livros e conhecimento desde
pequena, Paula está feliz em ajudar o pai, porém quer mesmo é explorar a
cultura de Istambul e descobrir mais sobre Cybele. Quando aparece uma
oportunidade de conhecer a biblioteca de Irene de Volos, uma mulher grega muito
culta e que abre sua casa apenas para outras mulheres, Paula não perde a
chance.
É na casa de Irene que ela percebe pistas estranhas surgindo
em pergaminhos sobre o culto à deusa Cybele e uma mulher em uma burca preta
continua aparecendo em sua frente, geralmente associada a essas pistas. Paula,
vendo apenas os olhos da mulher, acha que pode ser sua irmã Tati e fica mais e
mais intrigada com tanto mistério.
Logo que chegam a Istambul, Paula e Teodoro se deparam com
Duarte Aguiar, um mercador português charmoso, conhecido também por ser uma
espécie de pirata e ter poucos escrúpulos ao tentar adquirir coisas que o
interessam. Ele intriga Paula ao mesmo tempo que a deixa cheia de
desconfianças.
Para manter a filha segura, Teodoro contrata um
guarda-costas, pois sabe que a cidade não será boa com Paula se ela for vista
andando desacompanhada na rua. Pai e filha entrevistam os candidatos juntos e
terminam por contratar Stoyan, um búlgaro alto e forte, que trabalhou
anteriormente para um amigo de Teodoro. Ele tem sua própria missão a cumprir:
quer encontrar o irmão que foi levado pelos guardas reais quando ambos ainda
eram crianças.
Gosto muito do jeito como a Juliet Marillier constrói suas
narrativas. A história tem uma progressão temporal visível, os sentimentos e
descobertas aparecem com o tempo, os personagens desenvolvem as relações entre
si de um modo natural e, mesmo sendo intrigante e os mistérios curiosos, não é
um livro que você lê desesperado para saber o que vem a seguir, você lê com
calma para curtir as descobertas.
Quanto aos personagens, Paula é a típica mocinha estudiosa e
independente, porém obediente. Ela não se mete no problema por querer, é levada
a ele. Só que achei ela meio enrolada para se resolver sobre seus sentimentos,
o que leva ao final corrido. Stoyan também é o clássico mocinho: forte e
honrado até o último fio de cabelo. O personagem mais interessante é Duarte
Aguiar que tem um jeito de galã meio cafajeste e mostra um outro lado durante a
história.
Eu desvendei alguns dos mistérios antes do livro, mas isso
não atrapalhou a leitura. Porém o final podia ter sido mais bem elaborado e
menos corrido.
Nota: 4/5.
Duologia Wildwood:
- A Dança da Floresta
- O Segredo de Cybele
P.S.: Não encontrei informações de que haja um terceiro
livro, porém o final desse dá a entender que haveria sim uma sequência. Segundo
a autora escreveu em seu site, ela sabe que há pontas soltas na história de
Wildwood, porém seus editores pediram que ela se voltasse para uma outra série,
portanto, por um futuro próximo pelo menos, Wildwood fica como duologia. A
falta de continuação não impede a leitura, nem a prejudica.
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