Editora: 34
Páginas: 225
Ano: 2013
Sinopse (Skoob):
A princesinha conta a história de
Sara Crewe, uma menina rica que perde tudo quando lhe acontece uma terrível
tragédia. Obrigada a trabalhar como empregada, a passar frio e fome, ela
continua a preservar sua nobreza, e assim consegue manter seu orgulho e sua
generosidade.
Sara Crewe foi criada pelo seu pai, um oficial capitão, na
Índia. Porém, quando ela estava com sete anos, ele resolveu lhe levar para
Londres, para que ela pudesse estudar em uma escola formal e ficar segura do
clima indiano, que era perigoso para crianças. E é assim que ela vai para o
Educandário Seleto para Jovens Damas da Srta. Minchin.
Na Índia, Sara tinha tudo que podia querer, inclusive
animais de estimação e uma aia que adorava. Em Londres, seu pai lhe deu roupas
e outros artigos necessários, todos de alta qualidade, mas o que ele lhe deu de
mais importante foi Emily, uma boneca que Sara tinha certeza que seria sua
melhor amiga e com quem poderia conversar.
Sara tem um jeito peculiar de ser. Muito inteligente e
sensata, ela imagina história e mais histórias e se expressa de um jeito formal
e até antiquado.
A irmã da Srta. Minchin, Srta. Amelia, ajudava a cuidar do
Educandário e achou muito interessante a maneira de Sara agir, porém, logo na
primeira aula de francês, por causa de um mal-entendido, a diretora passou
rapidamente a implicar com a menina.
Apesar de não gostar de Sara, a Srta. Minchin sempre a
tratou como sua aluna mais especial, colocando-a sempre para falar com os pais
em dia de visita e sempre elogiando a conduta de Sara, por menor que fosse seu
gesto. Tudo isso porque a mensalidade paga pelo Capitão Crewe era enorme.
Se Sara não tivesse uma natureza tão gentil e prestativa,
ela provavelmente seria mandona e rabugenta, porém não se deixava enlevar por
tantos elogios e tratava todos com delicadeza, o que fazia com que todas as
alunas, exceto Lavínia e Jessie, gostassem dela, independentemente da idade que
tinham.
Os anos se passaram e Sara conquistou mais e mais admiração das
outras estudantes, principalmente por ser uma exímia contadora de histórias. Não
tinha uma colega sequer que não ficasse embasbacada e envolvida enquanto ouvia
Sara.
Ela também construiu uma amizade com Becky, a garota
contratada para lavar a louça e fazer outros serviços pesados. Em sua relação
havia um acordo de que Sara contaria histórias para Becky sempre que elas
conseguissem roubar um tempo nas tarefas dessa última e pudessem dispor de
privacidade.
Enquanto isso, os anos também passaram para o Capitão Crewe,
na Índia, e ele se envolveu com um negócio de minas de diamantes, que parecia
muito bom, mas talvez não o fosse tanto assim. E, por um revés do destino, o
Capitão adoeceu e morreu, deixando Sara sozinha e sem amparo.
Ao saber que a menina mais rica da escola não tinha mais
nada ou ninguém, a Srta. Minchin logo tirou tudo que Sara tinha no Educandário
e a colocou para dormir no sótão e trabalhar como tutora das alunas pequenas e
fazendo várias outras tarefas. Foi então, que Sara aprendeu muitas outras
lições de vida.
Se você, como eu, já assistiu ao filme – passei boa parte da
infância e adolescência assistindo A Princesinha na Sessão
da Tarde ao menos uma vez por ano –, tem uma noção do que acontece a seguir. Se
você nunca viu, procure. O filme é lindo! E o livro não fica atrás! Ou melhor,
o filme não deixa a desejar pelo livro, já que este teve sua primeira edição
lançada em 1905, sendo adaptado em 1995.
(Tem uma adaptação de
1939 que eu nem sabia que existia. rsrs)
Claro que, por a adaptação ser apenas inspirada no livro, há
várias diferenças, então foquemos na obra original.
Primeiro preciso dizer que essa edição da Editora 34 é maravilhosa! Com uma revisão primorosa, acho que só vi uns dois ou três erros que praticamente passaram batidos. E, além da capa fofa, ainda há ilustrações originais da primeira vez que o livro foi impresso.
Apesar de ser um livro infantil, a linguagem não é tão
simples assim (em um determinado momento usaram a palavra “famélica” no texto,
então...), portanto, considero mais um como um livro que deve ser lido para as
crianças e não por elas.
E porque é tão importante de ser conhecido? Porque fala de
agir com humildade e generosidade, de não discriminar as pessoas por serem
diferentes de você, de ser gentil mesmo quando maltratado, de ter esperança, de
ajudar ao próximo, de imaginar.
Sara é uma personagem incrível, pois é humilde e generosa
quando tem posses e ainda mais quando as perde. Seu lema é agir e pensar como
uma princesa. Quando ela é maltratada e quase responde com grosseria, se contém
e se pergunta o que uma princesa faria, então termina por ser cordial e polida.
(Eu
não consigo ser assim nem a pau!) Porém isso não quer dizer que ela é
submissa, muito pelo contrário, mostra o quanto ela tem um caráter forte e
resistente, ou melhor, resiliente.
Eu só queria que um pouquinho mais de história sobre Ermengarde e Lottie existisse, pois Sara as ajuda com seus problemas, mas o leitor fica bem por fora do que eles realmente são e se realmente se resolvem.
Nota: 5/5 – favorito.
P.S.: Sobre o que eu falei do filme acima: gente, é tão
diferente! Fazia anos que não assistia, então, enquanto lia, estava achando até
parecido, mas notando algumas diferenças, claro. Daí eu terminei de ler e fui
ver de novo e tomei um susto! São bem diferentes! A base é a mesma, obviamente.
A Sara vem da Índia e pai a deixa na escola da Srta. Minchin. Porém esta fica
nos EUA e não em Londres. =O
Daí em diante, eu fui vendo
mais e mais diferenças, inclusive o final. Muito diferente mesmo! O que não
quer dizer que o filme tenha ficado ruim, ainda adoro e acho muito lindo. Só que,
praticamente, dá para ver como se fosse totalmente dissociado do livro.
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