Editora: Arqueiro
Páginas: 192
Ano: 2014
Sinopse (Skoob):
Em O doador de memórias, a
premiada autora Lois Lowry constrói um mundo aparentemente ideal onde não
existem dor, desigualdade, guerra nem qualquer tipo de conflito. Por outro
lado, também não há amor, desejo ou alegria genuína.
Os habitantes de uma pequena
comunidade, satisfeitos com a vida ordenada, pacata e estável que levam,
conhecem apenas o presente o passado e todas as lembranças do antigo mundo lhes
foram apagados da mente.
Um único indivíduo é
encarregado de ser o guardião dessas memórias, com o objetivo de proteger o
povo do sofrimento e, ao mesmo tempo, ter a sabedoria necessária para orientar
os dirigentes da sociedade em momentos difíceis.
Aos 12 anos, idade em que toda
criança é designada à profissão que irá seguir, Jonas recebe a honra de se
tornar o próximo guardião. Ele é avisado de que precisará passar por um
treinamento difícil, que exigirá coragem, disciplina e muita força, mas não faz
ideia de que seu mundo nunca mais será o mesmo.
Orientado pelo velho Doador,
Jonas descobre pouco a pouco o universo extraordinário que lhe fora roubado.
Como uma névoa que vai se dissipando, a terrível realidade por trás daquela
utopia começa a se revelar.
Imagine um mundo ideal, onde
não existe dor, desemprego, fome, medo, doença, crime, divórcio ou guerra. As
pessoas são perfeitas, diferentes apenas por suas Atribuições, profissão que
assumem por escolha da sociedade, sendo treinadas desde os 12 anos de idade.
Contudo, as pessoas não
sentem, o desejo é reprimido por pílulas e amor é uma palavra obsoleta. As
regras de conduta são imprescindíveis, existe respeito em relação às outras
pessoas.
Jonas é o personagem principal
da trama, vive com sua família, o Pai que tem a Atribuição de Criador – cuidar
de crianças-novas, a Mãe que passou por um treinamento de Lei e Justiça (algo
como o curso de Direito) e Lily, a irmãzinha de sete anos. Não são parentes
biológicos, já que os filhos são gerados pelas Mães-biológicas. A “família” é
uma construção que pareceu conveniente para o estabelecimento das regras e
normas de convivência.
Ele está ansioso para a
Cerimônia dos Doze, mas não tanto como gostaria, porque não sabe o que vai ser,
ou melhor, para qual Atribuição será selecionado. Seus amigos Asher e Fiona
recebem a atribuição de Diretor-Assistente de Recreação e Cuidador de Idosos,
respectivamente. O que era de se esperar, dada a personalidade deles, Asher é
enérgico, gosta de brincar e é conhecido por todos pelo seu jeito e Fiona tem
dedicado o tempo de trabalhos voluntários a Casa de Idosos, é doce e serena o
que encanta o protagonista.
Mas Jonas, que não tinha apego
a nenhum trabalho voluntário, foi nomeado, escolhido, para ser Recebedor de
Memórias, tendo suas características ressaltadas para o importante cargo, como
sua inteligência e coragem.
Entretanto, após alguns dias
dos treinos feitos com o Doador, é quando Jonas percebe que é diferente de seus
familiares, amigos e todos os outros. Ele tem sentimentos e conheceu sensações
nunca antes sentidas, graças a sua Atribuição e ao Doador.
Então, ele decide mudar, nem
que seja somente seu destino e o de Gabriel, um garoto que fora acolhido por
sua “família”, mas que seria “dispensado” já que não reagira a tempo para desenvolver
capacidades para se adaptar à realidade em que vivem.
No começo do livro eu não
entendi bem qual era o objetivo da história, pensei até em desistir da leitura
(sério!), mas do meio para o fim eu consegui captar a mensagem. De que não
importa se seu desejo vai contra uma regra – ou várias – de uma sociedade
utópica, se o acha importante, seja capaz de realizá-lo, ainda que custe mais
do que deveria.
Nota: 3,5/5
Série The Giver:
- O Doador de Memórias
- A Escolhida
- Messenger – ainda não lançados no Brasil.
- Son
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