Bridgerton na Netflix

, em domingo, 27 de dezembro de 2020 ,

 


Eu estava empolgada para assistir a série. Desde que começaram a sair as notícias sobre e que a Julia Quinn não parava de falar que estava empolgada, eu me empolguei. Eu achei que vindo da Shonda, ia ser uma adaptação muito bem feita.



Quando começaram as notícias sobre o casting de atores, eu achei as escolhas interessantes e eu entendi o surgimento de novos personagens, pois uma série de TV precisa de um tanto mais de trama para funcionar bem, então a adição de personagens não me incomodou. E como a Julia falava maravilhas dos atores, eu não tinha porque me incomodar com a diferença de descrições físicas.

Daí a série estreou na Netflix dia 25. Eu assisti com minha mãe, porque ambas amamos os livros e estávamos empolgadas com a adaptação. Assistimos 3 episódios ainda no dia 25 e os outros 5 ontem.

Achei o número de episódios bom, considerando o tamanho do livro base. O tempo de episódio também é bom.

Os 3 primeiros episódios foram ótimos. Apesar de eu já ter notado algumas diferenças com relação tanto à história quanto às personalidades dos personagens, mas tentei aceitar e avaliar tais escolhas como algo que a série poderia precisar.

Só que aí me deu vontade de reler o livro também, porque faz muito tempo desde que eu li, o que eu fiz ontem e hoje. Isso me fez ver mais as diferenças entre ambas as produções.

Eu consigo dissociar livros de adaptações a eles e curtir ambos, porém, com o passar dos episódios, algo ficou mais e mais evidente para mim: eu acho que a produção inseriu drama demais numa história que é leve.

Fora isso, tem o fator básico, fundamental dos Bridgerton dos livros da Julia Quinn que eu senti muita falta: a família unida e amorosa que eles são. Isso se perdeu na série, na minha opinião.

Então, eu acho que foram criados dramas desnecessários e tem também várias cenas excessivas que não combinam com a série de livros (talvez combinassem mais com uma série de livros da Lisa Kleypas, se fossem realmente sensuais e não só cenas de shock value - só para chocar quem está assistindo, o que nem funciona).

Eu ainda gostei da série, num geral. Achei ambientação e figurinos muito bonitos. Alguns personagens condizem com o que é mostrado nos livros.

Lady Danbury é uma das que eu achei melhor caracterizada em questão de personalidade, apesar de uma cena super nada a ver lá pelo episódio 5 ou 6. Já o Anthony está totalmente fora do personagem para mim, ele está um chato na série, quando no livro ele é um amorzinho.

A Violet ficou muito apagada. O Simon e a Daphne eu até que gostei, mais do Simon que dela. Detestei o que fizeram com a Penélope (que é uma das minhas personagens favoritas). E eu ri todas as vezes que o Gregory e a Hyacinth apareceram porque ele não só é menor que ela, como parece mais novo, o que não devia acontecer.

Acho que minha nota final para a série é um 7,5 de 10.

E eu super acho que o canal Hallmark, conhecido por produções mais fofas (eu adoro Good Witch, Chesapeake Shores e When calls the heart - todas disponíveis na Netflix também), faria uma adaptação mais condizente com o clima dos livros que a Shonda.

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