Editora: Intrínseca
Páginas: 531
Ano: 2010
Sinopse (Skoob):
Neste thriller de estreia de Giorgio Faletti, um agente do
FBI e um detetive enfrentam um serial killer em Montecarlo, no glamoroso
Principado de Mônaco. Trata-se do caso mais angustiante de suas carreiras:
capturar o assassino que anuncia seus próximos alvos por meio de enigmas
propostos em telefonemas para um programa de rádio, conduzido por um
apresentador carismático.
Para confundir a polícia, músicas são utilizadas como pistas
dos crimes, cujas doses de barbárie e astúcia abatem e desnorteiam policiais,
investigadores e psiquiatras. Os assassinatos, caracterizados pela frase Eu
mato escrita com sangue, são marcados por uma violência que não poupa nem mesmo
a pele das vítimas.
Frank Ottobre é um agente do FBI que está passando uma
temporada em Montecarlo para se recuperar após a trágica morte de sua esposa. Enquanto
está lá, tem que decidir se continuará ou não a ser policial e mantém-se
firmemente afastado das atividades investigativas até que Nicholas Hulot, seu
grande amigo e delegado da polícia do principado, lhe põe a par de um caso
horrendo e pede sua ajuda.
Um serial killer
está agindo nas ruas do principado de Mônaco e matando gente importante. Suas primeiras
vítimas são um piloto de Fórmula 1 e uma enxadrista vencedora. O assassino não
deixa nenhuma pista, nenhum indício, apenas a ligação para um programa famoso
de rádio o faz real.
A trama de Eu Mato
é densa e intrincada, com a troca de foco durante os capítulos, sendo os
focados no assassino narrados sempre no presente e os demais – com foco nas
vítimas ou nos investigadores – narrados no passado.
Os policiais não tem pistas de quem seja o serial killer e nem o leitor, pois os
capítulos dedicados ao monstro da história não o revelam, apenas nos mostram o
quão uma mente pode ser perturbada e a que atitudes as reentrâncias dela levam
alguém.
Os personagens são reais, sem meias palavras ou um halo
idealizado ao redor deles. Eles são bons e ruins, tomam atitudes justas e injustas,
simplesmente reais demais, com falhas e acertos.
A narrativa não doura a pílula e sua crueza me fez imaginar
exatamente como ficaram as vítimas e me fez também querer arrancar os cabelos
por conta da falta de pistas. Eu me surpreendia junto com Frank ao perceber
aonde os escassos indícios retirados de muita reflexão iam levando e descobri
junto com os personagens quem era o culpado.
Então, para os apaixonados por suspenses policiais com muita
dose de psicologismo, leiam Giorgio Faletti, pois ele é um mestre nisso.
Nota: 4,5/5. (A ressaca literária não me deixou aproveitar
tanto o livro, tenho certeza.)