Editora: Record
Páginas: 397
Ano: 2008
Sinopse (Skoob):
"Você já viu o Cary Grant em Núpcias de escândalo? Ai,
meu Deus, que homem..." Por trás do balcão de sua cafeteria, Cornelia
Brown repassa milhares de vezes as cenas do galã, à espera do milagroso dia em
que um cavalheiro igualzinho ao ator ajoelhe-se a seus pés, declarando amor
eterno. O estrelato caberá então a Martin Grace, que um dia entra na vida da
jovem para mudá-la para sempre.
Item 16 do DRD/13 – reler e resenhar um livro que li há
muito tempo e nunca resenhei.
Para início de conversa, preciso dizer que acredito piamente
que não podia ter escolhido livro melhor para cumprir esse item!
Eu não lembro quando li esse livro, mas acho que o comprei
logo que foi lançado. Eu sei que me apaixonei pela capa e pelo título logo de
cara, mas não lembro quando foi. Obviamente, como foi lançado em 2008, foi
entre esse ano e o começo de 2010, eu acredito. E como minha memória é ruim e
eu já li muita coisa e muita história maravilhosa, não me lembrava de como era
o desenrolar de O Amor Chegou. Sério,
gente! O que foi ótimo, pois foi como estar lendo pela primeira vez, e quando
acabei, vi que a emoção que eu me lembrava de ter dele foi a mesma ou ainda
maior agora que posso entender melhor as nuanças da história.
Cornelia Brown é gerente do Café Dora na Filadélfia. Ela é
uma mulher pequena, culta – se especializou em textos alegóricos da Idade Média,
que adora as joias clássicas mas não as usa e é apaixonada pela bebezinha de uma
de suas clientes costumeiras (entendo totalmente o sentimento, já que sou louca
pela minha priminha ^.^). Mas o principal sobre ela é que Cornelia
transforma todas as cenas importantes de sua vida em cenas de filmes antigos ou
as compara com eles. E, segundo ela, sua vida realmente começa numa manhã de
outono quando Cary Grant entra no Café.
O Cary Grant na verdade é Martin Grace. Elegante, muito bem
vestido, com voz de ator principal. O homem dos sonhos de Cornelia. Eles têm um
diálogo digno de filme romântico e ele a convida para ir a Londres, pedido que
ela rejeita, mas passa a ele seu número de telefone.
Clare Hobbes tem apenas 11 anos e vive com a mãe. Ela
conhece o pai – que se divorciou de sua mãe quando ela tinha 2 anos –, mas eles
não convivem muito pois ele está sempre viajando. Clare estuda em uma escola de
elite e é esperta, porém o mais marcante sobre ela é sua preferência por personagens
órfãos, que ela lista, classifica e reclassifica, está sempre pensando neles.
Sua mãe não está mais como era – uma ótima mãe – e Clare
resolve entrar em contato com o pai para que ele possa ajuda-la. Como o pai se
mantém distante, a menina precisa se virar sozinha e acaba agindo como adulta
em muitos momentos.
Cornelia e Clare se conhecem de um modo não muito
convencional, em um momento em que a menina está extremamente vulnerável e,
apesar de improvável – pelas circunstâncias – se conectam.
Esse breve resumo do livro nem de longe faz jus à obra, mas
foi o melhor que pude fazer para introduzir vocês ao contexto sem dar nenhum spoiler e mantendo todas as surpresas do
livro guardadinhas nele, para que quem resolver lê-lo as descubra e se encante
com elas do mesmo modo que eu.
Os capítulos se alternam entre Cornelia e Clare, sendo os de
Cornelia narrados pela própria e os de Clare narrados em terceira pessoa. E isso
não é nem um pouco confuso, além de ser um recurso muito bom para narrar partes
da história pelo ponto de vista da menina sem que tudo fique mal explicado ou
infantilizado.
O Amor Chegou
trata da vida de duas mulheres – uma adulta e uma criança – e de como alguns
fatos, acontecimentos do dia-a-dia inclusive, podem mudar suas vidas para
sempre e que são as escolhas tomadas a partir desses acontecimentos que
determinam se o destino será de descobertas e crescimento ou se tudo virará um
desastre.
Vemos uma mulher adulta, com a vida já construída, alterar
tudo. Vemos também uma criança, que não devia ter preocupação nenhuma além de
estudar e brincar e ser feliz, guardando um segredo enorme e sendo mais adulta que
muito adulto por aí.
Não sei bem explicar, gente, mas é emocionante. Lindo mesmo!
E muito bem escrito, com vocabulário rico e personagens bem construídos e
bastante críveis, reais até. As pessoas nesse livro poderiam ser seus vizinhos,
um amigo e sua família ou até você, em minha humilde opinião.
No mais, um fato aleatório que adorei: a Clare – menina fofa
e corajosa – faz aniversário no mesmo dia que eu.
Nota: 5/5 ~ favorito com certeza absoluta!
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